Em Verdade e Em Espírito

“Em verdade e em espírito”

Desta forma agem os verdadeiros adoradores – aqueles que adoram a Deus. “Em espírito...” porque é uma experiência que transcende a razão pura – o meu espírito se une ao Espírito de Deus em detrimento da sede de minha alma. “Em verdade...” Quem é a verdade? A resposta está na Palavra de Deus, no que João descreve para os filósofos: “No princípio era o verbo, o verbo estava com Deus, o verbo era Deus”. O verbo, é, portanto, a palavra viva, ou seja, o verbo não é estático, se move, age. Vamos parafrasear João: “No princípio era a verdade, a verdade estava com Deus, a verdade era Deus”; “No princípio era Jesus, Jesus estava com Deus, Jesus era Deus”. “Sem Ele, nada do que foi feito se fez”. Logo, a verdade é a palavra de Deus – a Bíblia.

Assim, quando o adorador lê a Palavra de Deus, deve fazê-lo em espírito, ou seja, de coração aberto à luz da fé. Sendo assim, a fé é atributo dado a todo ser humano. A fé é posta de forma a submeter os limites da razão, pois que o homem sendo à imagem e semelhança, herdou em muitos aspectos qualidades que o faz semelhante, mas não é um Deus.

Voltemos a nós humanos – se adoramos a Deus, é porque já temos resolvida a primeira parte: certamente que já teremos entendido quem somos nós, em busca de um relacionamento com nosso Criador. Posso entender que Deus é glorificado na sua criação, porém, a salvação, ou reconciliação com Deus é atributo do Filho – Jesus. Isso me diz que crer em Deus não basta. Deus quer ser glorificado na sua criação (até o Diabo crê em Deus). Uma vez aceitando a salvação por Jesus, o que me restou? A resposta é: seu Evangelho – “Boas Novas de Salvação”. Pois bem, como adorador eu me deleito em “espírito”, portanto, pela “fé”, debruçado na Palavra de Deus. Pergunto: Mais de onde vem o ensinamento além da Palavra? Neste momento de nossa vida, quando não mais Jesus se faz presente fisicamente, Ele o faz por aquele que Ele deixou no mundo – o Espírito Santo. Jesus subiu e foi para a casa do Pai. Quem Ele deixou para nos ensinar, exortar, ser companheiro foi o Espírito Santo. Agora que entendemos as três formas em que Deus se manifesta, ou seja, a Trindade, damos a cada um a devida glória. Desta forma nos relacionamos com Deus através da oração da maneira seguinte: “Tudo que pedirdes ao Pai em meu nome...” autorizou Jesus, ou seja, Ele é que assina as nossas petições (somos justificados por Cristo). Perguntamos: quem ficou para nos orientar?

Essa é a tarefa do Espírito Santo, nos ajudar a não pecar, nos levar a ter constante comunhão com Deus, sentir paz, alegria em nossos corações, satisfazendo assim a nossa alma. Logo, quando oramos, em primeiro lugar nos dirigimos ao Pai. “Pai nosso que está no céu, glorificado seja o Teu nome..., somos agradecidos pela salvação em Cristo Jesus, e pelo privilégio de nos dirigirmos a Ti, nosso Deus... no penhor do Espírito Santo. Amém!

Cada um recebendo a sua glória. Essa é a forma mais correta na formulação da nossa oração, e quando puder preencher os demais requisitos da oração modelo, assim o adorador o faz na sua mais perfeita verdade e adoração. E para finalizar, a partir do momento em que declarei ser Jesus o meu Senhor e Salvador, passo a prestar-lhe culto, na mais perfeita vontade de Deus passando a ter status de “Filho de Deus”, usufruindo, portanto das bênçãos celestiais e na garantia de que Ele jamais me deixará, pois que disse:” “Aquele que continuar vindo a mim, jamais o lançarei fora, e ninguém o tomará da minha mão”. Que Deus se digne abençoar todos os adoradores.

15\08\2020