Jesus, Cordeiro de Deus
Jesus, o Cordeiro de Deus
João 1.29
A palavra sacrifício tem origem na palavra latina sacrificium, que literalmente significa ofício sagrado, o qual está diretamente relacionado com a oferta de alimentos, de vida, colheita. Quando se trata de vida, relaciona-se com a escolha de um animal sem defeito para ser oferecido ao Senhor. Na Lei de Moisés o sacrifício de animais tinha o objetivo de alcançar o perdão dos pecados. Curiosamente, os primeiros animais a serem mortos serviram de vestimenta dos recém-pecadores Adão e Eva. Deus Pai em sua infinita graça e misericórdia forneceu proteção para seus primeiros filhos.
O conceito de sacrifício ganhou outras conotações, por exemplo: o empregado que se sacrifica (horas, dias) pelo bem da empresa e o melhor que consegue às vezes é um elogio. Tem o caso também de grupos de trabalho em escola ou faculdade que um integrante do grupo faz o trabalho praticamente do restante. O comentário geral é: Ele se sacrifica pelo grupo. A grande questão nesses casos é de justiça: não é justo que só um funcionário faça o trabalho de dois ou mais, não é justo que um aluno faça a parte de dois ou mais colegas, mas mesmo assim ele faz. Por quê? Querem o bem do todo, da coletividade, seja a empresa, seja o grupo de trabalho ou um departamento.
Voltando para o conceito bíblico, devemos lembrar que a Lei Mosaica instituiu o sacrifício de animais como forma de expiação de pecados (Levítico 6.6-7). O animal morto servia como substituto no lugar dos pecadores, em outras palavras, ocorria a morte vicária. Os defensores da causa animal podem questionar: o que o animal, no caso mais comum cordeiro sem defeito ou mácula, fez para merecer esta morte? O que ele tem a ver com o pecado que aquele homem ou mulher cometeu? Nada. Ocorre que segundo Hebreus 9.22, “quase todas as coisas são purificadas com sangue, e sem derramamento de sangue não pode haver absolvição”. O derramar de sangue é o ponto chave da questão.
Muitos séculos depois de Moisés surgiu um profeta que batizou pessoas no rio Jordão para arrependimento de pecados, até que um belo dia aparece Jesus de Nazaré e João, o Batista, exclama: Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Essa frase é emblemática e nos remete a tantos fatos bíblicos: a palavra pecado leva-nos para Adão e Eva, os quais depois de pecar recebem a túnica de pele de um animal morto, e depois de ouvir de Deus as maldições pós-queda, são expulsos do paraíso, jogados no mundo, o qual jaz no maligno e os valores são deturpados, sem contar a maldade generalizada. Estas foram as conclusões do próprio Deus relatadas no início de Gênesis 6. Referente a Cordeiro de Deus, podemos dizer que nada mais é que a própria oferta do Deus Pai em favor do pecadores. Jeová Jiré escolheu seu próprio Filho para servir de sacrifício em favor da humanidade. Jesus não tinha defeito nem mácula. Viveu uma vida sem pecado, no entanto, foi julgado injustamente e condenado à morte. Morreu. Ressuscitou. De fato o Cordeiro de Deus, que derramou sangue e água, tirou o pecado do mundo. Nós não merecíamos, mas obtivemos o perdão dos nossos pecados. Como podemos ser gratos a Deus? Obedecendo a Tua Palavra, exatamente aquilo que Adão e Eva não fizeram.
01/07/2020