Aladim e eu, a Lâmpada e a Bíblia, o Gênio e Deus
Muitos preferem que Ele seja um tipo de “espirito azul”, preso dentro de uma lâmpada em forma de folhas, que só serve enquanto realiza desejos. Olham para a lâmpada e veem algo a se ganhar por meio dela. Quando a lista de desejos acaba, a lâmpada não servirá mais para muita coisa. Posso deixá-la de lado, jogá-la fora, guardar em uma estante, ou colocar embaixo do braço e levá-la a uma reunião. Com o Gênio dentro. Sempre. Ele não tem permissão para sair de dentro dela. Essas pessoas não estão dispostas a abrir mão de seus pedidos para isso.
Porém, sempre haverá alguém, que entenderá que a lâmpada não é mais importante que o Gênio que está dentro dela, inclusive, com muita vontade de sair e viver do lado de fora ao seu lado. Mas o tal Gênio é educado e sereno, nunca usará seu poder infinito para forçar alguém a desejar isso. Não poucas vezes foi usado e deixado de lado. Ele já está acostumado com isso. Porém, ainda assim continua a realizar desejos, é sua natureza, não pode fugir dela. Enfim, para que ele tenha permissão para sair lá de dentro, necessita de uma decisão exclusiva de quem está entre Ele e a lâmpada. Esse é o gênio que se apresenta diante de todos que “esfregam”, ou melhor, “abrem” a lâmpada. Aleluia que esse alguém percebeu que o Gênio é uma pessoa, possui sentimento, Ele sofre, Ele ama, e tem o desejo de viver e apresentar uma nova natureza fora dessa lâmpada. Esse homem que entendeu, está disposto a retirar de uma vez por todas o Gênio lá de dentro, afim de permitir que o Homem existente por trás desse “espirito azul”, se revele e viva de forma livre para fazer sua plena vontade ao seu lado. Esse tipo de pessoa está disposta a abrir mão de um Gênio fazedor de milagres, para ganhar um amigo que se fez homem. Mesmo tendo que abrir mão de seu próprio desejo.