Comentário da Liturgia da 4ª feira
                   da 26 ª Semana Comum
                    Neemias 2,1-8; Sl 136(137) Lc 9, 57-62)

 

No Evangelho de hoje três cenas de seguimentos ilustram o começo da marcha de Jesus. São personagens anônimas. A primeira e a terceira tomam a iniciativa sem serem chamadas, a segunda é Jesus quem a chama. Nos três casos, é decisiva a prontidão, o desprendimento de outros vínculos, a disposição de enfrentar o desconforto. Tudo isso dominado pelo desejo de seguir em companhia do Senhor.

Seguir Jesus é caminhar sem pátria nem lar. (cf Pr27,8).Esta é a resposta de Jesus à primeira personagem.

Enterrar os pais é dever sagrado. Jesus na sua 2ª resposta quer dizer: deixe que seus parentes que não tem interesse pela minha mensagem, cumpram, em seu lugar, o dever de cuidar do seu pai. Você, porém venha agora comigo e anuncie a mensagem do reino de Deus.

À 3ª ele diz: aquele que se torna meu discípulo tem que seguir, em minha companhia, sempre para frente. Já não pode voltar atrás e seguir outros mestres e outras doutrinas. Se os seguir, não serve para minha Religião, não está preparado para o reino de Deus. Quem ara, segura com a mão a rabiça, olha para frente e traça um sulco reto.Olhar para trás foi a fatalidade da mulher de Jô (Gn19,26). Jesus fala da vocação. Anunciar o reino de Deus é anunciar o melhor e nada deve fazer com que olhemos para trás.

Neemias nos diz na 1ª leitura que devemos fazer o amor de Deus presente no mundo e o Salmista canta “Que se prenda minha língua ao céu da boca se de ti Jerusalém eu me esquecer”.

Devemos, nós batizados, dizer: Aqui estamos, somos tuas testemunhas para proclamara tua graça, a tua vontade. A cada dia somos convidados a responder. Cada dia é necessário crescer em seu seguimento, colocar em prática a tua palavra que muitas vezes não é fácil, como não foi par os Mártires André, Ambrósio e seus companheiros que hoje celebramos.

Jesus vivo e ressuscitado é alguém que me chama pra caminhar com ele e na minha vida ele vai me ajudar, com toda certeza. Mas devemos permanecer nele e com ele, devemos perseverar que a perseverança doa mártires nos ajude a sermos perseverantes na nossa caminhada, na nossa missão de batizados.


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