Dia 203 – Apocalipse 7 – 9. Os 144.000; A grande tribulação; O 7º selo e as 7 trombetas; Gafanhotos e Demônios.
18 de Julho de 2019
Ainda no sexto selo, João diz ver mais uma série de catástrofes naturais, entretanto, em dado momento há uma ordem para que os anjos responsáveis pela hecatombe aguardem até que sejam marcados todos os servos de Deus (Ap 7.3).
O número dos selados é de 144.000 e esse número tem gerado discussões até hoje. Ha quem diga ser esse um número simbólico que aponte para a totalidade dos Salvos, outros pensam que se trata de um grupamento de Judeus que será selecionado para alguma missão no futuro.
Os Testemunha de Jeová, no entanto, possuem a visão mais diferente desse número, em sua crença, esse número será os únicos que poderão morar nos céus, próximos a Deus, os demais passarão a eternidade em uma nova Terra (sem sofrimento), mas sem ver a Deus.
Embora o texto não seja claro sobre o real significado desse número, a visão das Testemunhas de Jeová vai de encontro a uma série de outros textos bíblicos, como o verso 9 desse mesmo capítulo, mas por hora, não pretendemos adentrar por esse assunto.
Em seguida, João vê uma multidão inumerável, repleta de povos de todas as tribos e nações, eles estavam diante de Deus e o adoravam (Ap 4. 9-10); mais a frente o texto vai dizer que esses sã os que vieram da grande tribulação mas não se corromperam.
Nesse ponto, mais uma vez as visões divergem; há quem entenda que a grande tribulação já é o que vivemos agora, e essa multidão é, na verdade, a totalidade dos salvos diante de Jesus; outros pensam que essa grande tribulação ainda está por acontecer e esse texto serve de consolo para aqueles que viverem aquele tempo.
Independente como for, a Bíblia nos garante que estaremos com o Senhor. Assim termina o sexto selo, mas a abertura só selo final nos trará um desdobramento ainda maior.
Com o selo final sendo aberto vemos algo interessante, um anjo oferece as orações dos Justos com um incensário diante de Deus, depois com esse mesmo incensário, esse anjo derrama fogo sobre a Terra (Ap 8.3-5). É muito bom saber que as nossas orações não são deixadas de lado; sempre que oramos por justiça ou contra a maldade desse mundo, Deus tem sido atento; vai chegar o tempo em que nossas orações serão atendidas; a Justiça de Deus descerá sobre o mundo.
O sétimo selo, ao ser aberto, inicia a fase das trombetas. Sete trombetas são dadas a sete anjos que estão diante de Deus (Ap 8.2) e ao tocá-las, vemos o juízo De Deus descer sobre a terra. Da primeira a quarta trombeta, vemos uma série de catástrofes ambientais acontecerem; Vegetação, vida marinha, água doce e estrelas no céu, todos esses elementos sofrem danos e perdem a sua terça parte (Ap 8.6-13).
A quinta trombeta, no entanto, é uma das mais curiosas; sempre há aqueles que, adeptos da visão idealista, entendem tudo como uma grande alegoria, ou aqueles preteristas que compreendem esse texto como alguma metáfora para acontecimentos da época apostólica; entretanto, nas visões futurista e historicista, esse texto toma outras conotações.
Lemos sobre uma estrela que caiu na terra e recebeu a chave do poço do abismo (Ap 9.1), muitos entendem que essa estrela representa a queda de Satanás no passado; e as chaves aqui recebidas, seriam autoridade para liberar suas hordas demoníacas sobre a Terra.
O texto segue dizendo que subiu uma fumaça do abismo e nela vieram gafanhotos (vs 2-3), mas esses seres eram diferentes, não fariam mal as ervas, mas aos homens que não tivessem o selo de Deus; esses animais não os poderiam matar, mas os atormentariam por 5 meses (vs 4-5).
Aqui lemos que o tormento que esses homens sentiriam, seria semelhante ao tormento da picada do escorpião; esses homens buscariam a morte de tão desesperados, mas a morte fugiria deles (vs 5-6).
Muitos veem aqui um texto que afirma uma grande levante demoníaco sobre a Terra, um momento em que haverá muita opressão maligna sobre aqueles que estão longe de Deus. Ha também aqueles que pensam que esses escorpiões seriam armas químicas ou coisas do tipo; o fato é que não serão coisas boas para os que não temem a Deus.
A sexta trombeta é tocada e com ela quatro anjos são enviados a matar a terça parte dos homens na Terra (Ap 9.15). Alguns defendem que isso não acontecerá de forma “miraculosa”, mas sim através de guerras e conflitos humanos. A visão dos cavaleiros que lemos nos versos seguintes é, por alguns, entendida como uma tentativa de João descrever tanques de guerra e helicópteros.