Dia 201 – Apocalipse 1 – 3. Dia do Senhor; As 7 igrejas.

Apocalipse

16 de Julho de 2019

Hoje entramos nos último livro da Bíblia, o livro de Apocalipse. Tendo sido escrito perto do ano 90 enquanto João estava preso na ilha de Patmos (Ap 1.9), esse livro é tido como um dos mais misteriosos da Bíblia; rico em figuras de linguagem e simbologias, o livro nos é a revelação dada por Deus acerca dos acontecimentos futuros.

O livro inicia com a palavra grega que dá o seu nome, Ἀποκάλυψις – apokalípsis, que significa “revelação”. Logo em suas primeiras palavras, somos informados que é feliz aquele que lê as palavras dessa escritura e as guardas, porque o tempo de seus cumprimento está próximo (Ap 1.3)

Na primeira parto do livro, João escreve uma mensagem dada por Jesus para sete igrejas que se encontram na Ásia (vs 4); João recebeu essa revelação ao ser arrebatado em espírito “no dia do Senhor”. Ha quem pense que aqui haja uma referência ao domingo, mas, é mais provável que aqui se refira ao “dia do Senhor” como víamos no Antigo Testamento. Em todo o Novo Testamento, o domingo é chamado de “primeiro dia”. Como apocalipse tem um contexto escatológico, é de se imaginar que o “dia do Senhor” aqui escrito, também seja o dia escatológico anunciado por toda a Bíblia.

Segue então uma mensagem para cada uma das sete igrejas; confesso que cada mensagem dessa merecia um estudo aprofundado e atencioso, mas não é nosso objetivo no momento; de certa forma, cada igreja recebeu uma elogio e uma crítica, no momento, nos focaremos nas críticas recebidas.

Comecemos por Éfeso, uma igreja paciente, mas que havia deixado o seu primeiro amor (Ap 2.4); assim como ela, muitos tem esfriado na fé, várias pessoas continuam sendo crentes piedosos, mas com um coração frio, distantes do “primeiro amor”.

Aparentemente, não há críticas para a igreja de Esmirna, há uma palavra de animo para as horas de tribulação (vs 10); de fato, nem todas as igrejas são iguais e muito menos semelhantes em seus erros, entretanto, havia em Esmirna um grupo de Judeus blasfemos; certamente a igreja tinha uma posição contrária a eles, uma vez que não a vemos ser chamada de atenção

A carta à igreja de Pérgamo reconhece que aquela era uma igreja fiel, que mesmo nas lutas conservava o nome de Deus (vs 13), entretanto a igreja é acusada de seguir a doutrina de Balaão e a obra dos Nicolaítas (Ap 2.14-15). Os Nicolaítas eram um grupo que, segundo pesquisas históricas defendiam uma libertinagem sexual para os cristãos, da mesma forma que Israel pecara por conta de Balaão, essa igreja estava se deixando levar por esse engodo.

Tiatira era uma igreja que crescia, suas obras mais recentes eram maiores que as primeira e por isso Deus a elogia, entretanto, a igreja era tolerante com uma falsa profetisa chamada Jezabel (talvez essa fosse apenas uma forma de não citar o nome verdadeiro dela) que ensinava doutrinas promíscuas e idólatras; Semelhante a outras igrejas, o pecado sexual estava presente em Tiatira.

A igreja de Sardes possuía uma poucas pessoas que andavam retamente com o Senhor (Ap 3.4), mas em geral essa era uma igreja que, embora se achasse viva, estava morta; suas obras não eram perfeitas diante de Deus (vs 2); não há muitos detalhes sobre o erro desa igreja, mas o Senhor a aconselha a lembrar-se do que tinha aprendido e a arrepender-se (vs 3).

Filadélfia também é uma igreja que, aparentemente não recebe chamado de atenção; essa igreja é tido como uma igreja de pouca força que mesmo sendo fraca não negou a palavra de Deus (vs 8). O Senhor, como gratidão, a promete guardar na hora da tentação (vs 10).

Encerramos com a igreja de Laodicéia, uma igreja que nem somava nem subtraia, uma igreja que Deus disse que vomitaria de sua boca (Ap 3.14-16). Ainda hoje muitas igrejas são assim, vivem seus dias alheias a todos os acontecimentos, são igrejas que não se tornam relevantes na sociedade e nem no Reino de Deus.

Adriel M
Enviado por Adriel M em 16/07/2019
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