Dia 198 – 1ª João 1 – 2. Gnosticismo; Fé fingida; Amor ao mundo; Amar ao filho e ao Pai.
1ª João
13 de Julho de 2019
Hoje iniciamos o nosso estudo da primeira carta de João; tendo sido escrita, provavelmente perto de do ano 90, essa carta não tem um destinatário fixo, sendo, provavelmente dirigida a todos os cristãos da Ásia Menor. João foi um grande combatente contra a heresia do Gnosticismo; esse pensamento ensinava várias coisas incorretas, dentre elas podemos citar a crença de que não havia ressurreição e de que Jesus não veio em carne, além de entediamentos errados sobre o pecado; afirmava que todo o pecado ficava apenas na carne, logo, não havia mal em pecar, pois isso não afetaria o nosso espírito.
João começa colando-se como testemunha ocular dos fatos, ele lembra a todos que a vida de Jesus e seu ministério foram acontecimentos que o próprio João viu; ele vai mais longe ao afirmar que “as nossas mãos tocaram” (1Jo 1.1); embora para nós pareça algo simples, aqui João já inicia seu combate a ideia herética de que Jesus não veio em carne, que era apenas um espírito ou uma imagem vinda de Deus.
Ele segue seu discurso e afirma que “se dissermos que temos comunhão com Deus e andamos em trevas, mentimos” (1Jo 1.6). Não é possível conciliar a vida do cristão com o pecado. Não podemos também fingir que não temos pecado, pois todos nós pecamos, e se dissermos que não temos pecado algum, estamos nos enganando (1Jo 1.8). Todos precisamos abandonar os nossos pecados e confessá-los a Deus, e assim o fizermos, ele nos perdoará e nos purificará de toda a injustiça (1Jo 1.9).
Jesus é a nossa saída do pecado, “e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo” (1Jo 2.2); de forma que aquele que diz que serve a Jesus, mas não guarda os seus mandamentos, “é mentiroso, e nele não está a verdade” (vs 4); afinal, aquele que diz que está com Cristo, deve andar como Jesus andou (vs 6).
Não podemos portanto amar esse sistema em que estamos inserido, ou seja, o mundo e suas práticas; se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nessa pessoa (1Jo 2.15). Perceba o leitor que a palavra “mundo” aqui não significa o planeta Terra; não ha problema algum em apreciar nosso amado planeta e as belezas naturais; a palavra aqui refere-se ao sistema dos homens, a sociedade construída sobre o pecado, a qual fazemos parte.
Não podemos amar o mundo, porque tudo o que há no mundo não vem de Deus; os desejos da carne; os desejos dos nossos olhos, a soberba que o mundo nos oferece… Nada disso provém de Deus, mas do mundo (vs 16).
Encerramos esse pequenos comentário atentando mais uma vez para os falsos profetas, homens e mulheres que muitas vezes saem de dentro das igrejas, mas que verdadeiramente nunca fizeram parte do corpo de Cristo (1Jo 2.19). São pessoas que disseminam falsos ensinos e promovem o engano.
Não se deixe enganar, “qualquer um que nega o Filho, também não tem o Pai, mas aquele que confessa o Filho, tem também o Pai” (1Jo 2.23). Muitas pessoas afirmam que “creem em Deus” e que sua religião é “amar a Deus e ao próximo”; são pessoas que em muitas vezes não creem em Cristo. Não se deixe enganar, só através de Jesus podemos chegar ao Pai.