Dia 193 – 2ª Pedro 1 – 3. Estéreis; Palavra; Falsos Mestres; Tártaro; Pecado de Sodoma; Novo céu e nova Terra.

2ª Pedro

08 de Julho de 2019

A segunda carta de Pedro foi escrita cerca de um ano depois da primeira, ou seja, algo em torno do ano 68; Nessa ocasião, o apóstolo já sabia que lhe restava pouco tempo de vida, Deus o havia alertado que não viveria muito (2Pe 1.14), dessa forma, Pedro tenta escrever sobre assuntos que considera importante, mesmo correndo o risco de tornar-se repetitivo (2Pe 1.12).

Pedro nos convida a termos uma vida repleta de temperança, fé, amor e similares, porquê se estas coisas abundarem em nós, não nos tornaremos pessoas estéreis no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo (vs 8).

Somos também alertados sobre a importância da Palavra, podemos ler que não há profecia de interpretação particular (2Pe 1.20); ou seja; não cabe a nós analisarmos a Bíblia e lhe atribuirmos o significado que desejarmos, Cada texto precisa ser estudado a luz da iluminação do Espírito Santo, e dentro de seu contexto e das referências dos textos correlatos.

Nesse sentido, Pedro nos lembra que no passado houveram falsos profetas, e que desse mesmo modo no futuro haverão; serão falsos doutores que introduzirão heresias e negarão a Cristo. Infelizmente, muitos seguirão as suas palavras e se perderão; muitos desses homens, torceriam de forma proposital as palavras das escrituras (2Pe 3.16) tudo isso será feito por pura ganância, mas o tempo de juízo sobre esses homens se aproxima (2Pe 2.1-3).

Não é necessário nos determos muito tempo nesse ponto, hoje temos vistos vários desses falsos mestres; da Teologia Liberal, que relativiza as escrituras, às igrejas que “vendem milagres”, o Brasil é um país que está bem servido na questão de falsos profetas.

O verso seguinte da carta vem nos confirmar que Deus julgará esses homens, uma vez que não poupou os anjos que pecaram, mas lançou a estes no inferno (vs 4). É curioso que no grego, aqui encontramos uma palavra ímpar no Novo Testamento, ταρταρώσας – tartarósas, que é uma conjugação do verbo ταρταρόω – tartaróu que significa “lançar no tártaro.

O Tártaro, na mitologia grega, era a mundo inferior, ou seja, o mundo dos mortos, mais especificamente, uma região de tormento; na ilíada, de Homero, ele é tido como um local no fundo do Hades, uma região onde os titãs são atormentados. Seja como for, esse nome era tido como sinônimo de lugar de sofrimento e Pedro faz uso dessa ideia ao citar o local para onde os anjos caídos foram enviados.

Pedro, além de nos mostrar essa questão dos anjos caídos, nos auxilia em uma questão curiosa, qual fora o pecado de Sodoma e Gomorra? Hoje, há muitos que defendem que o pecado daquelas cidades fora a falta de hospitalidade, vemos isso de forma clara quando tentaram abusar dos anjos que visitavam Lo.

Ganham força essa interpretação com o seguinte trecho de Ezequiel:

“Eis que esta foi a iniqüidade de Sodoma, tua irmã: Soberba, fartura de pão, e abundância de ociosidade teve ela e suas filhas; mas nunca fortaleceu a mão do pobre e do necessitado.” (Ez 16.49)

No texto em questão, Deus compara Jerusalém com Sodoma nos apresenta essas palavras; mas afinal, o Pecado de Sodoma foi a homossexualidade ou a falta de hospitalidade.

Nem um nem outro; Sodoma e Gomorra eram cidades perdidas, embora ambos os pecados supracitados fossem encontrados naquelas cidades, eles são eram os únicos; o próprio verso acima, continua e diz “E se ensoberbeceram, e fizeram abominações diante de mim; portanto, vendo eu isto as tirei dali.” (Ez 16.50)

Sodoma era uma cidade cheia de abominações, e Pedro sabia disso, Lemos que “E livrou o justo Ló, enfadado da vida dissoluta dos homens abomináveis” (2Pe 2.7). A palavra aqui traduzida como dissoluta é ἀσελγείᾳ – aseléia, que significa toda uma sorte de excessos, inclusive, na área da sexualidade, pode ser traduzida como “palavras sujas”, movimentos corporais indecentes, manejo indecente de machos e fêmeas, etc.

O pecado de Sodoma e Gomorra não pode ser reduzido a um ou outro tipo, aquelas era cidades completamente perdidas com toda a sorte de abominações possíveis, não só as sexuais, mas de todos os tipos.

Embora esse tipo de comportamento “sem lei” seja nos apresentado hoje como uma verdadeira liberdade, a Bíblia nos diz que viver assim é ser escravo da corrupção (2Pe 2.19), uma vez que quem é vencido pelo pecado, se faz escravo dele.

Mas não devemos nos espantar que o mundo siga indo de mal a pior, Pedro nos alerta que nos últimos dias, viriam pessoas escarnecedores, que viveriam segundo suas próprias vontades (2Pe 3.3), algumas que até negariam o retorno de Cristo (vs 4).

Jesus não demora em vir, antes, ele tem sido paciente dando tempo e oportunidade para aqueles que ainda não o reconheceram como Senhor (vs 9); enquanto isso, a nós, resta-nos esperar aquele grande dia, na certeza que temos do novo céu e da nova terra em que a justiça reinará (vs 13)

Adriel M
Enviado por Adriel M em 08/07/2019
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