Dia 192 – 1ª Pedro 3 – 5. Esposas e Maridos; Preparo; Pregou aos Mortos; Conselhos.
07 de Julho de 2019
Ainda em nosso passeio pela primeira carta escrita por Pedro, encontramos recomendações para que as mulheres se sujeitem aos seus maridos, em especial se eles ainda não conhecem a fé cristã; Essa seria uma forma de dar bom testemunho a fim de apresentar-lhes o evangelho (1Pe 3.1)
Pedro ainsa aconselha que as mulheres busquem a beleza interior, segundo lemos, o enfeite delas não deve estar na maquiagem ou no penteado do cabelo, mas sim em um coração incorruptível e um espírito manso (1Pe 3.3-4); não podemos entender que esse texto critique a vaidade feminina, Pedro não recrimina os enfeites, antes ele afirma que o foco não deve ser neles, mas sim no comportamento individual.
Talvez aqui vejamos o versículo que mais nos fala sobre as relações íntimas de um casal; o homem deve relacionar-se com sua mulher com “entendimento” e dando honra a ela como vaso mais frágil (1Pe 3.7). Mas como fazer isso? A única premissa que temos é a honra a mulher; qualquer relação deve partir da premissa de honrar sua esposa; se há um consentimento, se não há um desrespeito a feminilidade, o casal está livre para se amar e se relacionar. O texto vai além e nos informa que devemos tomar cuidado com essa questão, a fim de que nossas orações não sejam impedidas.
O texto segue nos lembrando que os olhos do Senhor estão sobre os justos (vs 12) por isso devemos santificar a Deus em nossos corações e estar sempre preparados a explicar para quem quer que seja a rasão de nossa fé (vs 15).
Entramos agora em um verso que confunde a muitos, 1ª Pedro 3.19 nos afirma que Jesus foi pregar ao espíritos que estavam em prisão, o verso seguinte nos mostra que esses espíritos eram na verdade dos povos do tempo do dilúvio. Porque Jesus teria ido pregar para eles? Haveria possibilidade de arrependimento após a morte?
A questão que parece complexa no português, torna-se simples no grego, a palavra que ali encontramos é ἐκήρυξεν - ekéruxen e significa anunciar, proclamar alguma notícia. Essa palavra não significa necessariamente pregar o evangelho, diferente de εὐαγγελίζω – euanguelízo, que significa a pregação das boas novas.
O que aconteceu é que Jesus, por algum motivo, foi anunciar à geração contemporânea de Noé a sua vitória na cruz. Para que ele fez isso? Quanto a isso não sabemos, a única certeza que temos é que sua visita não tinha um cunho evangelístico, e sim informativo.
Não podemos fazer confusão com o verso 6 do capítulo seguinte (4), onde lemos sopre uma pregação feita “aos mortos”. Ora, o próprio texto diz que o objetivo dessa mensagem pregada é que seus ouvintes “Vivam segundo Deus”; logo, o texto não pode falar de uma pregação para mortos; antes fala sobre um Juízo que virá a todos, tanto vivos quanto a mortos, uma vez que o evangelho fora pregado aos mortos, (quando esses estavam em vida), assim, Deus julgaria a todos, nem os mortos escapariam do julgamento, afinal, tiveram sua chance em vida.
Pedro conclui seu discurso afirmando que devemos estar alegres de participarmos das aflições de Cristo, pois assim também participaremos da sua glória em seu retorno (1Pe 4.13)
Em seu discurso final, o Apóstolo Pedro nos dá uma série de conselhos. Aos pastores é indicado que apascentem o rebanho de Cristo sem ganancia ou dureza, mas com amor e respeito (1Pe 5.2-4) e aos jovens é aconselhado que se submetam aos seus líderes, não esquecendo que “Deus resiste aos soberbos, mas da graça aso humildes” (1Pe 5.5).