Dia 191 – Filemom 1 ; 1ª Pedro 1 – 2. Obrigações; Amor; Eleição; Sofrimento.
Filemom & 1ª Pedro
06 de Julho de 2019
Filemom é uma pequena carta de Paulo ao seu amigo Filemom, o tema da carta é o retorno de Onésimo, um escravo fugido de Filemom que, ao encontrar-se com Paulo, acabou por se converter (Fm 1.10).
Paulo pede que Filemom o recebe de volta em amor (Fm 1.16), uma vez que a lei punia a fuga dos escravos com a Morte. Essa carta nos trás pelo menos duas lições importantes.
A conversão não apaga nosso passado; Onésimo se converteu, mas isso não apagou seu passado de escravo fugitivo; como crente no Senhor Jesus, ele deveria voltar ao seu antigo dono e entregar-se. Quando erramos, precisamos cumprir com as consequências de nossos erros.
Por outro lado aprendemos que devemos perdoar aqueles que pecaram contra nós; Filemom tinha o direito legal de entregar seu escravo fugitivo para a lei, mas como Crente, sua decisão deveria ser pautada na misericórdia e no amor.
Não sabemos o fim de Onésimo, mas muitos acreditam que tenha ganhado sua liberdade e se tornado um ministro do evangelho e posteriormente Bispo da igreja em Éfeso, segundo consta nos relatos de Inácio de Antioquia.
Seguimos agora para fora das cartas paulinas entrando na Primeira carta do Apóstolo Pedro. Essa carta foi escrita por volta do ano 67 e nos trás uma grande mensagem de quanto vale sofrermos por Cristo.
Gostaríamos de comentar alguns versos, dentre eles o número 2 do primeiro capítulo; nele lemos que aqueles que creem foram eleitos segundo a presciência de Deus; ou seja, o Senhor, antevendo aqueles que creriam em sua pregação, os escolheu. Esse verso, no entanto, é alvo de alguma controvérsias que não abordaremos no momento, mas que giram em torno dessa presciência, seria ela apenas passiva ou teria aspectos ativos?
Seguindo pela carta, Pedro nos afirma que em muitos casos, acabamos tristes com as várias tentações, mas isso serve para que nossa fé seja firmada e provada (1Pe 1.6-7); isso no entanto, não deve ser motivo para tristeza, mas siam de alegria, pois Deus tem revelado a nós coisas tão grandiosas, que até os próprios anjos gostariam de compreender (vs 12).
Devemos pois ser santos, assim com Deus o é (vs 15), pois somos uma geração eleita por Deus, somos todos uma nação de sacerdotes (1Pe 2.10); sendo assim, nosso viver precisa ser honesto; custe o que custar precisamos nos abster dos desejos carnais, de forma que as pessoas do mundo não tenham do que nos acusar (1Pe 2.11-12).
A fim de testemunharmos de Cristo, precisamos muitas vezes sofrer, em alguns casos, isso significa nos sujeitar debaixo de toda a ordenação humana; ou seja, sermos sujeitos a nossos chefes e empregadores por amor ao Senhor (vs 13) “Porque é coisa agradável que alguém, por causa da consciência para com Deus, sofra agravos padecendo injustamente (1Pe 2.19).