À volta as letras (PROCISSÃO)
A VOLTA AS LETRAS:
Dia de Corpus Christi,
La vai a procissão a seguir a fé,
Senhoras, Senhores, crianças, jovens em menor número,
Sobre os tapetes coloridos, caminha um povo,
Seus cânticos e rezas enchem as ruas do vilarejo numa atmosfera de respeito e contemplação,
Assim a manifestação da fé se faz em plenitude,
Esperança a renovar-se a cada passo,
A singela lágrima que rola na face enrugada da velha beata, simboliza as dores do calvário,
O mistério do homem Deus enche a alma dos devotos,
Os paramentos dos clérigos dão um ar solene,
Tudo é simples e pomposo ao mesmo tempo,
A liturgia da igreja milenar tem seus encantos,
E a fé representativa dos cristãos,
Leva multidões as ruas de um País,
Num eterno renovar de esperanças,
País espoliado por falsos profetas de Mamom,
Busca um caminho,
Perdidos nas mentiras que jorram em profusão nunca dantes vistas,
Só lhe resta a Fé,
Quando a justiça dos homens é dúbia e confusa,
Quando os arautos da cizânia, dominam a cena,
Massas perdidas procuram a liderança utópica,
Mas para os crentes de todas as matizes restara com certeza,
O hipotético pastor que um dia trouxe ao rebanho a certeza de novos dias,
Que assim seja.
Valmirolino