Comentário da Liturgia da 3ª feira
da 25ª Semana Comum
(Es 6,7-8.12b 14-20; Sl121(122);Lc 8, 19-21)
Foi feita a eleição dos doze, a incorporação de algumas mulheres ao grupo e agora é a vez dos parentes que se aproximam para saudar Jesus no meio da multidão.
Jesus não tinha irmãos no sentido de filhos do mesmo pai ou da mesma mãe. Esses irmãos de Jesus nunca foram chamados filhos de Maria. Logo, não poderiam ser irmãos de Jesus, filhos do mesmo pai e da mesma mãe.
Ao morrer Jesus pediu a São João, que não era seu irmão, que cuidasse de Maria. Se Jesus tivesse outros irmãos a eles competiria essa tarefa.
Jesus ama seus parentes. Mas usa o vínculo familiar como símbolo para expressar o mistério da nova família que está fundando, na qual se sublimam as relações naturais. Declara que todos os cristãos, que seguem a mensagem de Deus, são também seus parentes.
A palavra de Deus contém e comunica fecundidade, maternidade. Todos que dela se afastam acabam sendo vítimas de tristes escravidões como narra Esdras na 1ª leitura. Só a fidelidade a Palavra de Deus torna-nos seus familiares. E como o salmista alegremo-nos ao irmos à Casa do Senhor para louvá-lo.
A Palavra de Deus plenamente aceita tornou Maria Mãe. Entre as pessoas humanas a que mais ouviu e executou a doutrina de Jesus, está Maria Santíssima. Ela foi a pessoa que mais observou a vontade de Deus.
Ao crescer a família, a palavra cria e mantém o espírito de fraternidade. Jesus suspendeu o vínculo paterno humano para atender à casa ou às coisas do Pai. Seguindo seu exemplo, é possível fazer parte da nova casa do Pai. Toda comunidade cristã deve ser materna e fraterna.
Ouçamos a Palavra de Deus. Façamos a vontade do Pai. Sejamos filhos e filhas de Deus. Deixemo-nos dirigir por sua Palavra para que o templo da nossa existência não seja profanado.Abramos nosso coração para reconstruir o Santuário da vida, as famílias, onde é oferecido em primeiro lugar o anúncio da boa nova que será capaz de quebrar esta cadeia de injustiça que reina no mundo.
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