Dia 169 – I Coríntios 13 – 16. O Amor; O perfeito; Línguas; Ressurreição .
14 de Junho de 2019
Paulo então nos recomenda a buscar os melhores Dons, aqueles que são mais úteis à pregação do evangelho e a edificação, diz que nos mostrará um caminho melhor, mais excelente, esse caminho é o amor (1Co 12.31).
O amor é a excelência dos Dons, uma marca do fruto do Espírito e deve ser a constância na vida dos irmãos. Paulo não se refere aqui a amor de sentimentos, mas sim de ações e atitudes, o famoso amor ágape. Ao longo do capítulo 13 vemos como nada substitui o amor; esse discurso segue até o verso 7; dai em diante vemos uma explicação sobre o futuro.
Segundo o texto, as profecias, as línguas, e o dom de conhecimento acabarão quando vier o que é perfeito, por isso (também) o amor é maior que os três. Não pretendo aqui entrar na questão sobre o termo “o que é perfeito”, mas gostaria de deixar algumas observações rápidas e uma pergunta; Quem é o Perfeito?
Ao observarmos o texto grego, encontramos a expressão τὸ τέλειον – o perfeito, mas existe um detalhe muito importante nessa questão; essa palavra não se encontra no masculino. Se o texto nos trouxesse “quando vier a perfeita” pensaríamos em Cristo? De maneira nem uma, porque Cristo é masculino e em toda a Bíblia nos referimos a ele sempre no masculino. Pois bem, a expressão acima não encontra-se no masculino, tão pouco no feminino, encontra-se no Neutro, algo sem paralelo no português.
As palavras em português se dividem em masculino e feminino, não temos palavras neutras, nem artigos neutros, por isso o tradutor optou pela tradução masculina; talvez a tradução “aquilo que é perfeito” trouxesse uma maior fidelidade a ideia de Neutro. Mas retorno a pergunta, O que é isso que é perfeito?
Deixando a pergunta em aberto (por falta de tempo), seguimos adiante em nossa leitura. Nos versos seguintes somos recomendados a procurar com zelo o dom da profecia, porque o que profetiza, fala aos homens para edificação (1Co 14.1-3), já quem fala em línguas não é por ninguém entendido, logo não provoca edificação à igreja (1Co 14.9), como poderia a igreja dizer “Amém” sobre algo que não entende? (vs 16)
Quanto ao tipo dessas línguas, há ainda ma desavença muito grande nos dias atuais, enquanto 1 Coríntios 14 21-22 dá a entender que essas línguas sejam outros idiomas de outros povos, há quem defenda que trata-se de uma língua angelical, algo fora da compreensão humana, de qualquer forma, a orientação paulina é a mesma; “ se não houver intérprete, esteja calado na igreja, e fale consigo mesmo, e com Deus” (1Co 14.28)
A Bíblia nos diz que “os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas. Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz...” (1Co 14.33), com isso, não podemos conceber manifestações do Espírito que tragam desordem ou confusão para o culto; hoje em dia muito disso temos visto, não podemos no entanto creditar ao Espírito Santo tal obra desordeira; encerramos esse parágrafo com o final do capítulo 14, que diz: “Mas, faça-se tudo decentemente e com ordem.” (1Co 14.40)
Entramos agora em uma defesa interessante, a ressurreição. Ainda hoje muitos a negam, mas o fato é que “Cristo morreu por nossos pecados […] e que ressuscitou ao terceiro dia...” (1Co 15.3-4), após isso, Jesus apareceu a muitos homens, inclusive aso apóstolos, por fim, depois de assunto aos céus, apareceu também a Paulo (1Co 15. 8-9).
Mas se negamos que haja ressurreição, Cristo não ressuscitou, logo nossa fé é uma perda de tempo (1Co 15.13-14), pois esperar em Cristo só nessa vida de nada nos vale, afinal todos morreremos e seremos condenados (1Co 15.19)
Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem. Porque assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem. Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo. (1Co 15.20-22)
Caso você pense na impossibilidade física de uma ressurreição (1Co 15.35), lembre-se do poder de Deus, nossos corpos serão transformados em corpos incorruptíveis, porque nem a carne nem o sangue podem herdar o reino dos céus (1Co 15.50-51)