Dia 168 – I Coríntios 9 – 12. Salário; Exemplos; Sacrifício; Véu; Ceia; Dons Espirituais.

13 de Junho de 2019

Seguindo a leitura da carta entramos em novos assunto, entre eles os direitos dos apóstolos; Paulo inicia essa questão lançando uma pergunta; “Não temos o direito de comer e beber? Não temos o direito de levar conosco uma esposa crente […]?” (1Co 9.4-5). A questão é simples, aqueles que vivem de forma integral em dedicação a obra de pregação do evangelho, como se manterão? É preciso um sustento.

A própria Lei nos mostra o cuidado de Deus com os que trabalham quando normatiza que não se pode atar a boca do boi enquanto trilha o grão; Paulo usa esse texto para mostrar que Deus não tem somente cuidado dos animais, mais que de igual modo escreveu isso pelos seus futuros pregadores (1Co 9.9)

Embora o apóstolo Paulo advogue o direito do sustento para os obreiros, ele mesmo não utilizava desse direito a fim de não parecer mal aos olhos da comunidade. A menagem pregada de Paulo já era bastante controversa, ele certamente não queria ser taxado como aproveitado (1Co 9.12), por isso suportava todo tipo de provação. Paulo encerra essa parte afirmando que “Antes subjugo o meu corpo e o reduzo à servidão, para que pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado (1Co 9.27).

Utilizando-se de exemplos do Antigo Testamento, o apóstolo Paulo nos deixa alguns conselhos que podemos os ler do verso 7 ao 11 do capítulo 10 de 1º Coríntios, em resumo ele nos diz que: Não devemos ser idólatras, não devemos ser fornicadores (imoralidade sexual), não devemos tentar a Cristo e por fim, não devemos murmurar.

Ao final dessa lista, nos é deixado um aviso de cuidado: “Aquele, pois, que cuidar estar em pé, olhe que não caia” (1Co 10.12).

Paulo volta a falar das comidas sacrificadas e reitera que não devemos comer delas, não que haja algum problema em delas comer (1Co 10.28) mas por causa da consciência de nossos irmãos, e em alguns casos daquele que nos serve a comida, Paulo recomenda que as pessoas se portem bem, “de modo que não deis escândalos nem aos judeus, nem aos gregos, nem a igreja, de Deus” (1Co 10.32).

Entramos agora em um capítulo complicado, Aqui paulo fala sobre o culto nas igrejas e diz que a mulher deve ter o cabelo coberto com véu, se assim não for desonra sua cabeça (1Co 11.5). O que vemos aqui é uma manifestação cultural; a cultura da época impunha que as mulheres casadas usasse véus, dessa forma, uma mulher casada que se recuasse a usar véu estaria desonrando sua cabeça (seu marido cf 1Co 11.3).

Embora pareça uma ideia machista da parte de Paulo, tal atitude reflete os costumes da época (1Co 11.16), isso não significa que o pensamento era de superioridade masculina; lemos que “Nem o homem é sem a mulher, nem a mulher se o homem [..] Porque, como a mulher provém do homem, assim também o homem provém da mulher, mas tudo vem de Deu” (1Co 11.11-12)

Paulo fala agora sobre a ministração da Ceia do Senhor; em Corinto a ceia era celebrada como uma festa em que havia embriagues, divisões e individualismo (1Co 11.21), mas não deveria ser assim, a partir do verso 23 até o final do capítulo lemos sobre esse tema.

É interessante ver como o apóstolo inicia seu discurso: “Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído...” (1Co 11.23). Paulo falava aqui de um acontecimento que ele não presenciou, mas que o próprio Senhor o havia ensinado!

Não abordaremos aqui os detalhes concernentes a ceia, somente realçaremos o verso 33 que diz “Portanto, meus irmãos, quando vos ajuntais para comer, esperai uns pelos outros” (1Co 11.33).

Iniciaremos agora a questão dos Dons Espirituais, esse assunto inicia-se no capítulo 12 e segue através do 13 até o 14, mas hoje apenas iniciaremos o estudo em questão.

Paulo começa nos explicando que existe uma diversidade de dons, mas que o Espírito é o mesmo (1Co 12.4), esse Espírito (o Santo) é quem opera os diversos dons e os reparte à cada um conforme quer (1Co 12.11), dessa forma não podemos julgar alguém possuidor de determinado Don como melhor ou mais santo que outro, uma vez que os Dons são dádivas, não são frutos do nosso esforço; o Espírito dá a quem quer.

Dons diferentes capacitam pessoas de forma diferentes para diferentes funções, dessa forma somos semelhantes aos membros de um corpo, cada membro é diferente em si, mas todos depende mutuamente; juntos somos o corpo de Cristo (1Co 12. 26-27).

Adriel M
Enviado por Adriel M em 13/06/2019
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