Dia 164 – Gálatas 4 – 6. Lei vs Graça; Escravos e Livres.
Seguindo nossos comentários sobre a carta aso Gálatas, vemos paulo seguindo em sua defesa contra a guarda da lei; Paulo nos explica que da mesma forma que uma criança herdeira de uma fortuna, ainda é uma mera herdeira, nós, enquanto “meninos” ainda estávamos debaixo do nosso tutor, “a Lei” (Gl 4.3), mas, em chegando a plenitude dos tempos, Jesus veio para que não precisássemos de tutor, mas fôssemos reconhecidos como filhos (vs 5).
Dessa forma, não estamos mais debaixo da Lei, depois de conhecermos a Deus e de sermos conhecidos por ele, como poderemos voltar à antiga aliança? Não podemos nos prender em guardar dias, ou observar os detalhes da lei (Gl 4.9-10).
A igreja de Gálatas amava muito a Paulo, (Gl 4.15-16), mas mesmo assim, o apóstolos não poderia, em nome de uma amizade maior, se calar e deixar de apontar o erro de seus irmãos; a fim de facilitar a compreensão, o Apóstolo Paulo apresenta uma comparação com Sara e Agar.
Abraão teve dois filhos, um de Agar, sua escrava, e outro de Sara, sua esposa. O filho da escrava nasceu da carne, mas o da esposa nasceu fruto de uma promessa. Essas crianças representam a relação da lei e da graça; Nós somos filhos da promessa, assim como Isaque (Gl 4.22-28). Paulo encerra essa explicação lembrando que a Escritura diz que “de modo algum o filho da escrava herdará com o filho da livre”, nos demonstrando que pela lei ninguém poderá alcançar a salvação.
Devemos estar firmes na liberdade que Jesus nos deu e não nos colocarmos novamente em baixo da servidão da lei (Gl 5.1), se nós tentarmos obedecer a lei, se tentarmos agradar a Deus através dela, acabamos por nos separar de Cristo (Gl 6.4), porque além de tudo, guardar e lei implica na falta de fé em Cristo Jesus, e para que o agrademos precisamos da fé, que opera pelo amor (Gl 5.6).
Paulo preocupa-se de forma séria com essa situação, chega ao ponto de afirmar que desejaria que aqueles que lançam esse tipo de ensino fossem cortado do meio dos irmãos (vs 12).
Vemos então um resumo de tudo o que a lei ensina, o amor (Gl 5.14). Paulo então nos apresenta uma relação das obras da carne e do fruto do Espírito. Carne e Espírito militam um contra o outro (Gl 5.17) e abaixo, no texto, vemos uma relação muito interessante sobre essa batalha.
Infelizmente não faremos um estudo aprofundado nesse momento, mas o tema merece um real estudo; vale observar que o verso 22 nos apresenta o fruto do Espírito e que essa é a marca de todo Cristão; não podemos observar um cristão com evidencias das obras da carne em detrimento do fruto do Espírito, afinal, “os que são de Cristo caustificaram a carne com as suas paixões e concupiscências” (Gl 5.24).
Em seu último capítulo, Paulo nos aconselha a, quando surpreendermos algum irmão em uma ofensa, devemos o aconselhar com mansidão e de forma espiritual sempre vigiando de forma que não sejamos tentados; devemos sempre nos esforçar e levar as cargas um dos outros. (Gl 6.1-2)
Encerramos com o verso 7 que nos lembra que, Aquilo que semearmos é o que colheremos, devemos semear em espírito, a fim de colhermos coisas espirituais. Não sejamos portanto crentes carnais, antes não nos cansemos de fazer o bem (Gl 6.9)