Dia 135 – Mateus 23 – 25. Obediência; Hipocrisia; Dízimo; Falsos Profetas .
12 de Maio de 2019
Hoje começamos falando sobe a obediência às autoridades, Jesus nos afirma que os escribas e os fariseus se assentam na cadeira de Moisés, ou seja, são os atuais responsáveis pelo ensino da lei (Mt 23.2), mesmo eles sendo hipócritas e adicionando muitos pormenores a lei; Jesus é claro quando afirma “portanto, tudo o que vos disseres, isso fazer e observai” (Mt 23.3). Compreendemos então que devemos ser sujeitos a nossa liderança, no Senhor; isto é, enquanto os preceitos que ensinarem forem condizentes com a Bíblia.
Existem no entanto, detalhes de uso e costumes que não são bíblicos, como a proibição do uso de bermudas na igreja ou a determinação que pregadores usem terno; esses detalhes não são bíblicos, mas também não são antibíblicos, são meros detalhes humanos. Devemos no entanto, obedecer nossa liderança nesses aspectos e respeitar seu posicionamento, da mesma forma que Jesus orientou o povo a obedecer os fariseus, que adicionaram “detalhes” a lei, precisamos hoje obedecer aos nossos lideres e a certos usos e costumes.
Não defendo aqui a criação desses costumes, mas respeito aqueles que os tem e, quando congrego com eles, procuro acatar-lhes a decisão a fim de cumprir as determinações de Cristo. Reitero mais uma vez que tudo isso, No Senhor, ou seja, em enquanto seus costumes não se chocarem com as doutrinas Bíblicas.
Jesus no entanto traz um duro juízo aos escribas e fariseus, comparando-os a sepulcros, ele nos mostra que o interior desses homens não condiz com seu exterior (vs 27). Hoje no cemitério, podemos ver vários sepulcros realmente bonitos, verdadeiras obras de arte, mas seu interior é cheio de vermes e podridão, assim Jesus compara esses líderes hipócritas. Devemos tomar cuidado para não seguir esses caminhos; Jesus deixa-nos claro “mas não façais conforme as suas obras; porque dizem e não praticam” (vs 3)
Voltemos ao assunto do Dízimo, muitos dizem que esse ato é algo restrito a antiga aliança, “coisa do velho testamento”, mas nesse texto, o próprio Jesus indica que essa é ma pratica que deve ser continuada, vejamos:
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas. (Mt 23.23)
O que lemos aqui não é a proibição do Dízimo, mas sim uma explicação sobre como não adianta dizimar se não temos o mais importante, a saber “Juízo, misericórdia, fé”. Jesus então segue dizendo, “Estas coisas deveis fazer” e não omitir aquelas, ou seja, deve-se sim entregar o dízimo, mas não podemos esquecer o mais importante que são as marcas de Cristo em nosso caráter (misericórdia, fé…).
Hoje em dia, no entanto, nossa economia é diferente, não vivemos mais em uma sociedade de agricultores, a maioria de nós vive em meio ao capitalismo, logo, nosso dízimo se apresenta em dinheiro, (o que não impede de o entregarmos de outo modo), e na maioria das vezes de forma mensal. A sua função no entanto deve permanecer a mesma; servir para o sustento da demandas da igreja, para a manutenção dos ministros, para a ação social e por ai vai.
Jesus inicia agora um discurso sobre o fim dos tempos, pretendemos abordar essa temática toda de uma vez quando estudarmos o Apocalipse, se possível, concentraremos naqueles estudos toda nossa escatologia, entretanto, veremos aqui alguns versos.
Um dos cuidados que devemos ter é com os falsos profetas (Mt 24.11), Jesus nos adverte que surgiriam muitos e de fato é o que temos visto. Hoje em dia temos falsos pregadores, falsas profecias e até falsas igrejas, devemos no entanto nos acautelar e peneirar tudo ao que ouvimos com a peneira do Evangelho.
Não basta ter uma boa roupa, uma boa entonação de voz; podem até operar sinais miraculosos, mas se a sua vida não condisser com os ensinos Bíblicos, não podemos nos deixar enganar. Lembre-se, milagres não são a marca do cristão; nossa marca está e refletir o caráter de Cristo.