Digressões #07 – Fruto chocho.
28 de Abril de 2019
Ao lermos a parábola do semeador nos deparamos com 4 situações, uma em que as aves arrebatam a semente, outra em que as sementes caem entre as rochas e por isso não têm raiz, secando-se com o Sol, uma outra parte que cai entre os espinhos e sufoca e por fim a que cai em boa terra.
Todos conhecem essa parábola e sua explicação pode ser encontrada em seu próprio texto, mas nos determos em um detalhe nos apresentado em Lucas 8:14.
Em Lucas percebemos que a semente que cresceu entre os espinhos frutificou, mas seus frutos não amadureceram, não chegaram a perfeição. Ao observarmos o texto em grego, nos deparamos com uma conjugação do verbo τελεσφορεω – Telesphoréo, essa palavra é a junção de duas outras palavras, Télos (Fim) e Phéro (levar algo) e pode ser traduzida como “amadurecer”; Sua conjugação no Presente do indicativo ativo nos dá a ideia de algo que está acontecendo; os frutos não estão amadurecendo.
Essa pessoas possuíam em seus corações os cuidados do mundo, e esses cuidados não permitiam que seus frutos amadurecessem. Eram pessoas que conheciam a palavra de Deus, pessoas em que a boa semente havia germinado, mas seus frutos não estavam amadurecendo. O verbo nesse caso trás essa ideia de algo que está acontecendo. Jesus afirmou que os frutos não estavam amadurecendo, logo, não era uma situação passada, ainda havia ago a se fazer para mudar essa situação.
Os cuidados, as riquezas e os deleites da vida, esses são os espinhos que podem esta impedindo nosso fruto de amadurecer, de chegar a perfeição (télos) desejado por Deus. Devemos cuidar dos nossos corações (Pv 4.23) a fim de mantê-lo sem espinhos ou plantas que possam nos impedir de chegar a perfeição; não nos deixemos seduzir pelas riquezas dessa vida, nem pelos deleites que o mundo possa nos entregar.
Que nosso coração se torne uma terra boa, e que possamos produzir muitos frutos perfeitos, a 30, 60, ou até 100 por um, para a Glória de Deus.