Dia 120 – Ezequiel 46 – 48 ; Daniel 01 – 03 . Daniel e os cativos, O sonho do Rei.

Daniel

26 de Abril de 2019

Hoje começamos o último dos profetas maiores, a saber, Daniel. Vale lembrar que o termo “profeta maior” não carrega em si juízo de valor, tão somente é utilizado em face do tamanho dos escritos.

A história de Daniel se passa junto a do profeta Ezequiel, ambos foram levados par o Exílio (Dn 1.3-6), no entanto, Daniel fora selecionado para tornar-se um sábio que trabalhasse junto ao rei. Recebeu a educação da babilônia, aprendeu sua língua, cultura e religião; mas mesmo imerso em toda a cultura babilônica, Daniel optou em não contaminar-se.

Gostaria de chamar atenção para um detalhe; Daniel e seus amigos não foram os únicos a serem levados de Judá. Podemos ler que “entre eles” estavam Daniel e seus amigos, logo, haviam outros judeus que também passaram pelas mesmas situações de Daniel, mas esses, não buscaram servir a Deus, antes preferiram aderir a cultura babilônica.

A primeira decisão em não se contaminar vemos logo na chegada de Daniel, quando esse resolve não comer das comidas oferecidas pelo rei. Comidas que certamente era consagradas às divindades babilônicas (vs 8).

Mais a frente veremos outra oportunidade de manterem-se firmes a Deus; não aceitam curvarem-se a estátua de ouro construída por Nabucodonosor (Dn 3). Curioso notar que Daniel não é citado nessa passagem; penso que não podemos acreditar que ele tenha se curvado, isso estaria em completa contradição com todo o restante do livro. É possível que ele não se encontrasse presente no momento, estivesse em alguma viagem pela Babilônia ou algo do tipo, por isso seu nome ficou de fora do registro.

Encerro esse pequeno relato com a interpretação do sonho de Nabucodonosor contada no capítulo 2. Não vou me deter aqui em contar a história já muito conhecida por nós, mas antes, iremos ao que a profecia pode conter em seu significado.

A cabeça de ouro simbolizava o reinado da Babilônia, que se estendeu entre 605 a 539 Ac, logo após ela chegamos ao peito de prata, ou seja, ao segundo reino que se levantou, o reinado Medo-Persa, entre 539 e 331 Ac; depois temos o ventre e as coxas de bronze, simbolizando a ascensão Grega de 331 a 168 Ac e as pernas de ferro com o Império Romano de 168 Ac a 476Dc.

È sabido que a rocha é o reino que nunca passará, Cristo, logo, podemos inferir que estamos vivendo na época dos pés de bronze e ferro, um reino misto e globalizado. Fato é que muitas profecias só podem ser compreendidas após sua conclusão, e sobre os pés da estátua encontramos opiniões diversas.

Adriel M
Enviado por Adriel M em 26/04/2019
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