Digressões #05 – Um novo coração, minha responsabilidade.
21 de Abril de 2019
“Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto”, podemos ler essa maravilhosa frase no Salmo 51, no verso 10, embora essa frase seja muito conhecida, muitos se perdem em seu significado.
Davi tem pedido perdão a Deus pelos seus pecados, e por isso pede um coração puro; de fato, só mesmo Deus pode nos purificar o coração. O equívoco ocorre quando atribuímos a Deus uma mudança de vida que depende de nós.
Em Ezequiel lemos uma ordem calara de Deus “criai em vós um coração novo e um espírito novo” (Ez 18.31), perceba que temos ai uma ordem “criai”, isso depende de Nós. Só nós podemos provocar uma mudança de atitude em nossas vidas, só nós podemos dar o passo que nos separa de Deus, e esse passo nos é ensinado na primeira pare do versículo “Lançai de vós todas as vossas transgressões que cometestes contra mim"
Nós precisamos decidir que vida queremos ter, ao lado de Deus ou longe dele. Se optarmos por ele, sem dúvida nos ajudará a construir um novo coração, mas não podemos esquecer que cabe a nós, e não a ele, criar em nós um novo coração.
Não ore pedindo que Deus mude seu coração se você não está querendo-o mudar; encerro com uma famosa fase de Agostinho de Hipona, um grande homem de Deus que viveu no século IV e que em seu livro, Confissões, nos brinda com uma frase de suas adolescência que muito nos servirá para ilustrar o que dissemos:
“[Senhor,] Dai-me a castidade e a continência, mas não agora"