Dia 66 Provérbios 28 – 31 ; Eclesiastes 1 – 3 . Vara da repreensão, A pobreza de Agur, A mãe de Lemuel, Vaidade.
Eclesiastes
03 de Março de 2019
Encerramos hoje o fantástico livro de Provérbios e seguimos para o seu irmão Eclesiastes. Ambos livros são considerados livros de sabedoria, não é para menos, ao observarmos os escritos podemos perceber que muito se pode aplicar em nossas vidas. Pretendo, em um projeto futuro, dedicar-me mais tempo sobre esses livros, quem sabe até produzir algum material escrito verso a verso.
Ressaltamos hoje a necessidade de repreensão dos filhos (Pv 29.15 & 17) via castigo físico. Muito tem se debatido sobe a validade dos castigos físicos nas crianças, alguns advogam que não se pode bater nos filhos, mas, a Palavra de Deus é clara quando nos afirma que tal correção é importante para as crianças. Cabe a nós decidirmos qual conselho iremos ouvir; as renomadas autoridades da modernidade ou a Palavra do Senhor.
Ressalto, no entanto, que a “vara” mencionada em Provérbios não indica que devamos espanar as crianças, existe uma diferença entre o castigo físico pedagógico e o descontar a raiva. Devemos bater quando se fizer necessário, mas sempre com fins educativos e nunca como forma de vingança ou revanchismo.
No final do livro de Provérbios, encontramos alguns provérbios de outros autores, gostaria de destacar apenas um de cada nesse momento, falemos então sobre a pobreza de Agur e sobre as palavras da mão de Lemuel.
Agur nos apresenta uma oração interessaste (Pv30.8), ele não pede nem riquezas e nem pobrezas, mas pede uma situação financeira mediana. Não podemos entender com isso que a riqueza ou a pobreza sejam pecados, mas as aspirações de Agur podem nos fazer pensar sobre as nossas prioridades em vida. Muito pensativo eu fico com esse desejo pelo mediano, por ser mais um no meio de tantos. Talvez Agur tenha tido uma compreensão sublime sobre essa vida; talvez fosse apenas despretensioso. De qualquer forma, recomendo com empenho a leitura da passagem citada.
Lemuel foi um rei, mas não se sabe ao certo quem. Não encontramos na Bíblia outra menção a esse rei, muitos acreditam ser esse um pseudônimo do próprio Salomão, outros pensam ser na verdade o rei Ezequias, mas a verdade é que ninguém sabe ao certo. Lemos no entanto, as palavras de sua mãe, e é nessas palavras que encontramos uma das mais belas passagens que enaltecem a figura feminina na Bíblia (Pv 30.10), a Mulher Virtuosa. Mais uma vez recomendo que, aqueles que puderem, confiram a passagem, nela podemos ver a descrição de uma Mulher com “M” maiúsculo, ressalto que, só essa passagem, mereceria uma análise individual.
Encerrando provérbios, iniciamos Eclesiastes, outro livro que figura entre meus favoritos; Não se pode ler esse livro sem se questionar sobre as prioridades de vida. Em seus primeiros capítulos, lemos um Salomão já no fim da vida, um homem que teve riquezas em abundancia e poder como nem um outro, um alguém que podia absolutamente tudo o que desejasse, uma pessoa repleta de sabedoria e entendimento, mas que encontrava-se vazio.
Salomão analisa a sua vida e percebe que tudo não passou de vaidade, ou seja, tudo era efêmero, tudo era sem valor, fugaz. Uma das frases mais memoráveis desse livro eu deixo abaixo para a reflexão daqueles que se dignarem a cruzar essas linhas com seus olhos
"Que proveito tem o homem, de todo o seu trabalho, que faz debaixo do sol? […] E olhei eu para todas as obras que fizeram as minhas mãos, como também para o trabalho que eu, trabalhando, tinha feito, e eis que tudo era vaidade e aflição de espírito, e que proveito nenhum havia debaixo do sol." (Ec 1.3 – 2.11)