Dia 45 – I Samuel 21 – 28. Doegue, O exército de desgostosos, A misericórdia de Davi, O desesperador silêncio de Deus.

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10 de Fevereiro de 2019

A cada dia que passa nos aproximamos do fim do nosso projeto, hoje, no 45º dia, fechamos 25% de nossa leitura, digo isso não levando em consideração a quantidade lida, mas sim o total de 180 dias. Hoje, gostaria de tecer alguns comentários rápidos, mas que acredito serem salutares a nossas vidas.

A começar por Doegue, o Edomita. Essa é uma figura interessante, se bem me lembro há inclusive um salmo de Davi dedicado a essa personagem (Salmo 52), mas afinal quem foi esse homem?

Doegue estava presente quando Davi foi pedir auxílio aos sacerdotes (1Sm 21.7); Davi fugia da presença de Saul e utilizou a morada dos sacerdotes como ponto de apoio onde pode se abastecer de provisões para a fuga. Os sacerdotes não sabiam que se trava de uma fuga, uma vez que Davi era de extrema confiança de Saul, nem desconfiavam do que se passava.

Doegue então delata o ato a Saul, que vai até os Sacerdotes tomar satisfação e acaba por decidir de matar a todos. Nem um dos soldados teve tamanha coragem, mas a Bíblia relata que Doegue matou os 85 sacerdotes presentes (1Sm 18.22).

Davi então passa a carregar essa culpa em sua consciência, mesmo sem desejar mal, acabou por ser responsável de forma indireta pela chacina praticada a mando de Saul.

Em sua fuga, Davi monta um exército, cerca de 600 homens ao todo, o seguem escondendo-se ora em cavernas ora no deserto. É curioso ler que esse montante era formado por pessoas desgostosas da vida ou endividados (1Sm 22.2). Certamente eram pessoas que não tinham mais nada a perder em suas vidas, e viram em Davi, uma oportunidade para se reerguerem; uma vez que ele se tornasse rei, era bem possível que seu exército fosse favorecido de alguma forma.

Em sua fuga, Davi pode por duas vezes matar Saul, mas em nem uma delas o quis fazer (1Sm 24 & 26), Davi tinha em mente a noção de que Saul era o rei que fora ungido por Deus, e se ele ainda reinava era por permissão divina; não caberia a ele, Davi, matar o ungido do Senhor (1Sm 26.23). Mesmo sabendo que também era ungido rei e que cedo ou tarde assumiria o trono, Davi teve a paciência de esperar o momento de Deus, ele não quis “ajudar” a Deus e nem apressar seus planos. Fica aqui o exemplo de vida, que possamos nos comportar como Davi, que em meio as mais diversas provações, manteve-se firme diante de Deus, confiante em suas promessas.

Encerro hoje falando sobre o silêncio de Deus. Os filisteus prepararam-se para a batalha contra Israel, Saul foi consultar a Deus, mas esse não o respondeu, nem através de profetas Saul conseguiu ouvir a voz do Senhor (1Sm 28.6)

Talvez essa seja uma das piores situações da vida de um homem, quando Deus se cala. Seja para nos ensinar algo, seja por estarmos em pecado, o silêncio de Deus é algo inquietante. No caso de Saul, acredito que Deus havia se silenciado porque o próprio Saul já o havia abandonado a tempos.

Se em sua vida você está experimentando o silêncio de Deus, não haja como Saul, que o abandonou e procurou feitiçarias, mas busque-o com mais energia, procure consertar o que pode estar de errado em sua vida e aguarde, em muitos casos, Deus se cala a fim de ver nosso comportamento e nos gerar amadurecimento espiritual.

Adriel M
Enviado por Adriel M em 10/02/2019
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