Dia 38 – Josué 22 – 24 ; Juízes 1 – 04. Julgo desigual, Um resumo de Juízes, Otniel, Eúde, Sagar, Débora & Jael.

Juízes

3 de Fevereiro de 2019

E assim chegamos na morte de mais um grande líder do povo de Deus, Josué. Talvez o homem com a liderança que sofreu mais pressão por substituir alguém “insubstituível”. A morte de Josué é narrada no final do livro de Josué e no início do Livro de Juízes, por isso, meus comentários de hoje seguirão a ordem que acredito ser a mais didática, e não necessariamente a que aparece nos livros.

Primeiramente gostaria de fazer um comentário sobre mais um versículo que desestimula o Julgo desigual, Josué 23.12-13; Nele, vemos um dos últimos discursos de Josué, em especial o momento em que Deus adverte o povo que, casando-se com as pessoas da terra de Canaã, por certo se desviariam e a sua mão pesaria sobre eles. Mais uma vez lemos sobre a preocupação de Deus com os casamentos humanos.

O povo então, com a morte de Josué, iniciou a fase final da conquista da Terra, expulsaram muitos dos povos restantes de Canaã, mas por algum motivo, resolveram escravizar a outro. Lemos isso já no primeiro capítulo de Juízes. Claro que Deus não se agradou dessa ideia, a determinação divina era que esse povo deveria ser eliminado, primeiro como punição pelos seus pecados e em segundo lugar para não levar Israel a se contaminar, mas, não foi assim que Israel procedeu.

Deus, em seu turno, decidiu que não mais expulsaria esse povo, já que Israel havia feito acordos com eles, teriam agora que conviver juntos. Isso seria como um espinho para Israel, que sempre teria povos impios perto de si e precisaria sempre se desviar dessas práticas (Jz 2.1-4)

Não foi o que aconteceu, como Deus já havia previsto, o povo se desviou (Jz 2.7-11). Com a morte de Josué e de seus contemporâneos, levantou-se uma geração que não viu a guerra e nem os milagres operados por Deus, essa geração nasceu vizinha de povos que adoravam a outros deuses, eles casaram-se entre si e começaram a servir a falsos deuses.

Podemos ler um resumo do livro de Juízes logo em seu começo (Jz 2.11-22). O povo se distancia de Deus, Deus o entrega a servidão de outros povos, Deus então levantava Juízes que os livrava do mal e o povo retornava ao Senhor; com a paz estabelecida o povo tornava-se a desviar.

É nesse contexto que leremos nomes como Otiniel, o primeiro a se tornar Juiz em Israel; Eúde, um juiz canhoto que enterrou uma espada no ventre de Eglon, um rei muito gordo que dominava Israel; Sagar, um homem que matou 600 filisteus com uma lança de tocar gado e Débora, talvez uma das mulheres mais influentes da Bíblia.

Débora era profetisa e merece um destaque especia, ela foi levantada por Deus para livrar Israel das mãos do rei Jabim e seu temido capitão Sísera com seus 900 carros de combate. Débora foi enviada para enviar a Baraque para o combate, mas esse temeu ir só, portanto Débora foi com ele. Se em nossa sociedade ainda temos dificuldade em ver uma mulher salvando um homem (digo isso baseado nas quase máxima dos filmes do cinema, o mocinho salva a princesa do terrível vilão), imaginemos isso naquela época!

Mas Débora não estava só, quem de fato finaliza Sísera também é uma mulher, Jael. Jael estava em sua casa quando o Capitão, fugindo da batalha pede auxílio a ela. Jael o engana e termina por o matar cravando uma estaca em sua fronte (Jz 4.18-32).

É muito interessante ver esses ícones femininos do antigo testamento, vemos como Deus pode usar as pessoas, independente do valor que as sociedades atribuam a elas. Se a sociedade naque época era opressoras às mulheres, Deus, de certo não o era.

Adriel M
Enviado por Adriel M em 03/02/2019
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