Dia 27 – Números 18 – 24 . O erro de Moisés, A serpente de bronze, O livro Perdido, Balaão
22 de Janeiro de 2019
Moisés era o homem mais manso que havia, mas paciência tem limite! Na leitura de hoje, entre outras coisas, teremos o triste caso da desobediência de Moisés, um episódio triste, mas que mostra que mesmo os mais fortes homens precisam de apoio.
Moisés sentia-se pressionado pelo povo, constantemente era cobrado e lhe pediam soluções, lemos que o povo ficou sem água, e Deus orientou Moisés a proceder de uma determinada forma, mas o mesmo, movido provavelmente pelo estresse ou pela soberba, acabou por agir de forma errada (Nm 20.7-13) não glorificando assim o nome de Deus; por conta disso, o grande Moisés foi impedido por Deus de entrar na Terra Prometida.
Penso que podemos tirar duas grandes lições desse acontecimento, a primeira é simples: Devemos nos preocupar com a saúde mental dos nossos líderes. As responsabilidades da labuta diária são grandes, e muitas vezes, apenas cobramos e cobramos, esquecendo-nos que por trás daquela figura de liderança existe um ser humano como nós.
Outro ponto talvez seja até mais importante: Deus não tem queridinhos! Mesmo Moisés sendo um grande homem, mesmo ele falando com Deus “face a face”, não havia lugar para tratamento especial; Deus não tem prediletos. O infeliz erro de Moisés o condenou a ficar de fora da Terra que ele tanto desejava ver.
Um ponto curioso lemos em Números 21.8, não vou tecer muitos comentários agora, mas o próprio Jesus, no futuro, se comparará a personagem dessa passagem, uma serpente. O povo havia pecado e por isso Deus enviou serpentes venenosas para picar os israelitas, em seguida, com o pedido de Moisés, Deus mandou que se fizessem uma serpente de metal e a colocassem em um local de destaque, todo aquele que fosse mordido, ao olhar para a serpente de metal alcançaria a cura e não morreria da picada. Jesus se compara a essa serpente de metal, pois, foi colocado em uma local de destaque, onde todos o podiam ver (na cruz) e todos aqueles que forem picados pelas serpentes (pecado) olhando para Cristo, alcançaram a salvação.
Essa leitura de hoje possui ainda mais uma curiosidade que gostaria de pontuar, o “Livro das Guerras do Senhor”. Que livro seria esse? Não sabemos, e nem temos registro dele, mas podemos ler uma citação dele em Números no capitulo 21 no verso de número 14.
Por fim chegamos a Balaão, uma personagem muito interessante, não se sabe ao certo como, mas Balaão por algum motivo conhecia a Deus, e até o respeitava (Nm 22.8). Ele foi contratado para amaldiçoar Israel, mas seguindo as orientações de Deus, acabou por abençoar.
Um momento dessa história consuma me deixar pensativo: Em dado momento, Deus manda que ele vá com a comitiva que veio buscá-lo, mas logo em seguia se mostra desgostoso de sua ida (Nm 22.20-22). Mas se Deus mandou Balaão ir, porque depois se irou com a sua ida? Acredito que seja uma questão de duplo sentido. Deus já havia dito que Balaão não deveria seguir com a comitiva, mas ele tornou a consultar a Deus, penso que Deus o mandou ir, mas deve ter deixado claro na entonação da voz (ou de algum modo) que não era essa a sua vontade. Fica aqui minha dúvida sobre essa passagem e sobre esse personagem; mas não nos preocupemos por hora, mais a frente Balaão tornará a cruzar nosso caminho de leitura.