Dia 25 – Números 4 – 10 . As divisões dos Levitas, Águas amaldiçoantes, O Nazireu, A nuvem
20 de Janeiro de 2019
Na leitura de hoje vemos as subdivisões da tribo de Levi, os Coatitas, os Gersonitas e os Meraritas. Essas subtribos foram muito importantes para o trabalho no Tabernáculo e a cada uma delas foi entregue uma responsabilidade distinta. Vale lembrar que havia ainda uma outra “sub-subtribo”, uma subtribo família dos Coatitas; a família de Arão. Somente os descendentes de Arão poderiam ser sacerdotes.
A família de Coate, os Coatitas, eram oo que poderiam chegar mais próximos das coisas santas, dentro dessa família encontramos a família de Arão, ele e seus descendentes eram responsáveis por executar os serviços sacerdotais, apenas eles poderiam ver e tocar nos utensílios sagrados do Tabernáculo. Por ocasião de uma mudança de local do Tabernáculo, os sacerdotes deveriam cobrir todo os objetos sagrados, então, e só então, os demais Coatitas poderiam entrar no santuário e carregar as coisas sagradas (Nm 4.18-20).
A segunda família a se aproximar dos objetos sagrados era a família dos Gersonitas, a eles competiam carregar as cortinas e as cordas que compunham o Tabernáculo, além das presilhas e demais miudezas que eram utilizadas para fixação. Essa família não se aproximava tanto das coisas sagradas como a dos Coatitas, mas ainda assim estavam bem próximos, uma vez que tocavam nas cortinas que eram as paredes dos locais santos.
Por fim temos a família do Meraritas, a esses homens foi designado a responsabilidade de transportarem as tábuas, varais e colunas que compunham o Tabernáculo. Acredito que das três famílias essa era a que menos se aproximava das coisas santas, mas não podemos nos esquecer que ainda assim eles estavam trabalhando com o próprio Tabernáculo, ou seja, ainda eram homens que havia sido escolhidos por Deus para uma função especial.
No capítulo 5 de Números lemos sobre a maldição para a mulher adúltera. Se algum marido desconfiasse da sua esposa, este poderia a acompanhar até o sacerdote e juntos fariam um procedimento que ao termino amaldiçoaria a mulher em caso de adultério ou a deixaria ir livre em caso de inocência, tratava-se das águas amaldiçoantes.
O que me deixa curioso nessa passagem é a seguinte questão: “E se fosse a mulher a suspeitar do adultério do marido?” Pelo que lemos, sabemos que o procedimento era unilateral, ele servia para maridos que fossem traídos, mas e se o contrário acontecesse? Como a mulher faria caso suspeitasse que estava sendo traída pelo seu marido? De fato não sei, talvez a sociedade época procedesse de outra forma, é provável que o pensamento fosse sempre em favor do homem, de forma que, a menos que houvesse um flagrante de adultério, as esposas não teriam muito o que fazer. De fato só vemos as mulheres sendo reconhecidas e respeitadas com a vinda de Jesus, que quebrou esse paradigma valorizando as mulheres.
Ha também o voto de Nazireu. Esse era um voto especial que algumas pessoas faziam a Deus por algum período de tempo, em alguns casos até pela vida toda como veremos em Sansão. Quem estava sob esse voto não poderia encostar em corpo de nem uma pessoa morta, bem como não poderiam comer nada que derivasse da uva ou sequer cortar os cabelos. Em caso de falhar em um desses itens, era preciso raspar a cabeça, oferecer em sacrifício determinado animal e recomeçar o voto zerando a contagem do tempo. É importante atentarmos para esse voto afim de podermos compreender mais a frente personagens como Sansão.
Por fim, temos a Nuvem do Senhor. Lemos no capítulo 9, nos versos de 15 a 22 que a presença do Senhor era manifestada em forma de uma Nuvem que estava de dia e de noite sobre o Tabernáculo, de dia era “apenas” uma nuvem, mas a noite era possível observar como que fogo dentro dela. Quando a nuvem começava a se deslocar, o povo viajava debaixo dela, até que parasse em um local, então montavam acampamento e aguardavam nova movimentação da Nuvem.
Que exemplo bonito, que lição verdadeira; em nossas vidas devemos nos movimentar sempre de acordo com a direção de Deus, nem rápido demais nem demasiado lento, mas sempre segundo a vontade de Deus. Parar quando Deus deseja que nos movamos é um erro, e nos mover sem a autorização divina também não nos levará a bons lugares. Que saibamos nos portar a fim de estarmos sempre próximos “a Nuvem do Senhor”.