Dia 12 – Jó 25 – 31 . Todo homem é impuro (Bildade), A sabedoria de Salomão, Digressões de Jó
7 de Janeiro de 2019
Já nos aproximando do final do livro, os personagens não têm muito mais que acrescentar ao seu discurso, Bildade então afirma de forma categórica que todo homem é impuro. Se por um lado acreditado que ele esteja certo, por outro penso que esteja errado. De fato o homem é mau, mas todo o homem tem a capacidade de se desviar do pecado. Não podemos por nós mesmos viver uma vida pura, uma vez que nos contaminamos com o pecado não conseguimos mais nos livrar dele, entretanto podemos (e devemos) lutar contra isso e ter uma vida que agrade a Deus.
A questão que pode se levantar com relação isso é até onde conseguimos evitar o pecado por nosso esforço próprio e até onde necessitamos da ajuda de Deus; essa é uma discussão que cairá irremediavelmente na questão do livre arbítrio e nas velhas questões acerca da predestinação e coisas do tipo. Não iremos comprar essa briga hoje.
Jó por seu turno faz uma defesa da sabedoria e a encerra falando que Temer a Deus é a verdadeira sabedoria. Essa parte do livro de Jó é em especial muito parecida com alguns capítulos escritos por Salomão sobre o mesmo tema, ouso acreditar que o Sábio houvesse lido a história de Jó e se inspirado em suas palavras para tecer seus comentários sobre a sabedoria.
Encerrando suas palavras, Jó reintegra a sua justiça e faz uma digressão falando sobre como era seu estado anterior e compara-o ao atual, por fim, observa que quando possuía saúde e bens ele era respeitado por sua comunidade, mas agora tornou-se um provérbio na boca do povo.
Infelizmente isso é uma grande verdade, sempre quando estamos bem na sociedade somos reconhecidos e temos “amizades” e respeito, mas, tão somente abata-se a desgraça sobre nós e veremos de fato quem se preocupa conosco. Jó vivia naquele momento uma situação que, mutatis mutandis, ainda se repetiria com muitos outros ao longo dos séculos.