Dia 05 – Gênesis 27 – 32. Ainda o casamento de Abimeleque e Sara, A mentira de Jacó, seu Dízimo e anjos, os ídolos roubados
31 de Dezembro de 2018
È… Mais uma vez volto aqui em uma releitura, ou errata se preferir, dessa vez venho em defesa da pureza de Sara. Ontem levantei a questão se o faraó havia ou não se deitado com Sara, apenas levantei a hipótese, sem ter muito em que me amparar, mas hoje trago conclusões.
Fui pesquisar no hebraico, tentei ver como a frase estava construída no idioma original, mas esbarrei em um problema antigo… Um problema da época pós-diluviana! Não entendi nada!!! Então apelei para outras traduções. Procurando na Septuaginta, encontrei o verbo “Elabon”, o aoristo do verbo “Lambano” (casar, nesse contexto), mas esse é um tempo verbal complicado para mim, eu o poderia traduzir de diversas formas, mas não poderia dar certeza.
Umas das traduções que sempre recorro é a King James (uso a versão de 1769); até onde sei ela foi escrita baseada no original e é tida como uma das melhores traduções da Bíblia (até onde sei). Lendo esse texto de Gênesis 12:19 encontrei “Why saidst thou, She is my sister? so I might have taken her to me to wife: now therefore behold thy wife, take her, and go thy way.” que em tradução livre eu colocaria como “Por que você disse: Ela é minha irmã? Então, eu poderia tê-la tomado como esposa; agora, pois, vê a tua mulher, toma-a e vá embora”. Longe de mim dominar o inglês, mas acredito que o verbo “might” pode ser traduzido como “poderia”. Ciente dessa nova tradução, narro a história da seguinte forma: Faraó era um homem mau, ele não se importava se Sara era casada ou não, caso fosse, ele mataria o marido (não que Deus fosse permitir), mas, como ela “era solteira” ele a tomou para si, preparava a festa de casamento, quando foi acometido por uma terrível enfermidade, descobriu assim que ela era uma mulher casada, a devolveu ao seu marido e os expulsou das suas terras. Já Abimeleque temia a Deus, e não faria mau ao marido de Sara, mas, sem saber que era casada ele a tomou para si em inocência, entretanto Deus, vendo a pureza de suas intenções, falou com ele e o impediu de seguir com essa ideia, advertindo-o que todas as mulheres de sua casa estariam estéreis enquanto ele não resolvesse a situação de Sara; Abimeleque então devolveu Sara a Abraão e, diferente do faraó, abençoou a Abraão e indemnizou Sara pelo inconveniente, Abraão por sua vez orou por Abimeleque e a ira de Deus se abrandou.
Concluo portanto que a Providência não permitiu que Sara fosse tocada em nem um dos dois casos, entretanto, afim de uma certeza maior, é necessário o estudo do texto no original, mas, por hora me dou por satisfeito.
Hoje li algo que sempre me passou desapercebido, Jacó usou o nome de Deus em sua mentira. Ao tentar enganar seu pai, Jacó afirma que Deus lhe havia enviado a caça de forma rápida, por isso não teria demorado em encontra-la. Ainda hoje vemos pessoas mentindo e usando o nome do Senhor para isso, são falsas profecias, falsas revelações e falsas pregações que recebem a chancela divina sem na verdade as tê-las, por isso creio que nunca devemos aceitar de primeiro nem uma profecia sem antes consultar a Deus e a Bíblia sobre a sua veracidade.
Mais a frente, no final do capitulo 28, Jacó promete entregar o dízimo de tudo que receber. Hoje o dízimo tem sido alvo de vários “teólogos”que afirmam não encontrarem base bíblica para tal, não vou aqui tecer argumentos a favor ou contra, não nesse momento, mas esse texto me mostra que um coração agradecido age assim. Creio que as ofertas a Deus são fruto de um coração agradecido por tudo aquilo que Ele faz, é e representa; penso que aqueles que advogam contra o dízimo e entendem nãos ser ele uma obrigação, deveriam entregar muito mais que 10% a Deus como forma de louvor e agradecimento, o dízimo não deveria ser visto como um teto para ofertas, e sim como um piso, muito me entristece quem pensa diferente.
Triste também é a história de Leia e Raquel, duas irmãs que são colocadas em posição de inveja e rixa. Mesmo quase 7 anos após o casamento (segundo minhas contas) lemos no capítulo 15 verso 30 que Leia acusa Raquel de ter roubado seu Marido, essa por sua vez se corroía de inveja da irmã que, embora não amada, era cheia de filhos do marido. Deus nunca quis a poligamia, sempre pensou em um par no casamento, e esse texto é só mais um dos que mostram os problemas que esse tipo de união podem trazer.
Curioso são também dois fatos nessa leitura de Hoje, o primeiro são os ídolos roubados por Raquel, mesmo ela servindo ao Deus de seu marido Raquel tinha suas superstições, ouso dizer que ela cria em vários deuses, embora servisse a um só, creio que os milagres e as bênçãos que presenciou ao longo da vida foram suficientes para a fazer abandonar suas superstições. Já o segundo lemos no capítulo 32, ele não trás muitas explicações; Jacó seguiu seu caminho e encontrou-se com anjos de Deus, gostaria de ter mais informações sobre esse encontro narrado de forma tão singela, mas, temos que nos contentar com o que nos é revelado, se não entendemos as coisas dessa Terra, que dirá as espirituais!