Comentário da Liturgia da 4ª feira da 21ª Semana Comum

(Jeremias 1,17-19; Sl 70;Mc 6,17-29)

 

 Marcos narra no Evangelho de hoje o martírio de João Batista. Inicia descrevendo a situação na corte, a relação ilegítima de Herodes com a mulher do seu irmão Filipe, a ascendência de João, sua admoestação franca, como o profeta Natã a Davi e o rancor passional de Herodíades.

Herodes até gostava de ouvir a João, mas, como ele dizia a verdade, o rei ficava desconcertado; era escravo do pecado, vivia no adultério e não tinha forças para libertar-se da escravidão por isso cedeu aos desejos de Herodíades que instigou a filha a exigir como prêmio a cabeça do profeta João Batista.

João foi decapitado, deu a vida na missão que Deus lhe confiou. Seus discípulos se tornaram depois discípulos de Jesus. Sua morte era prenúncio da morte de Jesus. Ambos representaram ameaça ao poder e sofreram o mesmo tipo de perseguição.

Como a Jeremias , 1ª leitura, e a João Batista  o Senhor nos convida desde o ventre da nossa mãe para sermos profetas nos dias atuais, anunciando a Sua Palavra e denunciando as injustiças. E esta a palavra do Senhor no dia de hoje. Ele mostra a nossa missão e nos diz que não precisamos temer por que Ele está conosco. Precisamos assumir esta vocação que o Senhor nos deu, esta missão que o Senhor nos confiou. E lembremos que se o banquete de Herodes é o da morte, o do Senhor é o da vida,  do amor, da partilha.



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