Um amor que tudo suportou.

De igual modo, os principais sacerdotes com os escribas, escarnecendo, entre si diziam: Salvou os outros, a si mesmo não pode salvar-se; desça agora da cruz o Cristo, o rei de Israel, para que vejamos e creiamos. Também os que com ele foram crucificados o insultavam. (Mar 15:31,32). Aqui vemos os dirigentes hebreus lançarem uma maliciosa e dura provocação a Jesus. “Desce da cruz”, para que possamos crer em ti. Mas Jesus não desceu da cruz, e por que Ele não o fez? Ele não o fez porque o seu amor o impediu. A grande razão de sua necessidade era esta. Jesus veio para ensinar a humanidade sobre o gracioso amor de Deus. E mais, Ele próprio era o amor de Deus encarnado. E se tivesse rechaçado a cruz, se no final tivesse descido da cruz, ficaria demonstrado que o amor de Deus tinha um limite, que havia algo que o amor de Deus não poderia oferecer a humanidade, ou seja, havia um limite além da qual o amor de Deus não podia ir.

Mas como Jesus percorreu todo o caminho até o fim, permanecendo e morrendo na cruz, deixou claro de forma vívida que o amor de Deus literalmente não tem limites. E ali na rudeza da cruz ficou claro para todo universo, que não há nada que o amor de Deus não esteja disposto a fazer pela humanidade, que não há nada, nem mesmo a morte desprezível em uma cruz. Ou seja, o amor de Deus sempre está pronto a receber aqueles que o busca, mesmo que a ingratidão ainda banhe o seu coração.

E mesmo em meio a dureza da cruz e mesmo em meio a toda tristeza que ela trouxe brilhou ali uma doce e verdadeira mensagem que a atitude de Jesus nos diz: “Assim vos ama Deus, com um amor ilimitado, um amor que suportará por vós qualquer sofrimento que a Terra tenha para oferecer.” Se tivesse descido da jamais entenderíamos o real valor do perdão e da mudança que o amor pode fazer dentro de nós. É para esta atmosfera regada pelo amor que vai além de todo amor, que Jesus nos chama e, aquele que decidir entrar e permanecer nesta atmosfera sentirá a real transformação, para uma vida que gera vida e vida em abundância. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.

(Molivars).