Que reine o amor de Deus na terra e nos céus.

Venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu; (Mat 6:10). Neste versículo vemos a dupla petição do Pai Nosso. Mas para termos um entendimento melhor sobre ela precisamos conhecer uma das características mais comuns do estilo poético hebreu, tecnicamente conhecido por: paralelismo. As obras poéticas dos hebreus na maioria das vezes faziam o uso do paralelismo, ou seja, dizer todas as coisas duas vezes. Diziam algo e a repetiam de uma maneira diferente, para ampliar ou reafirma o sentido do que fora dito. Os salmos podem servir como exemplos desta modalidade. Por exemplo:

O SENHOR dos exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio (Salmo 46:7).

Porque eu conheço minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim (Salmo 51:3). Ele me faz repousar em pastos verdejantes. Leva-me para junto das águas de descanso (Salmo 23:2).

Como podemos ver a segunda forma de dizer uma coisa explica, amplia, repete de maneira distinta o que foi dito primeiro.

Agora apliquemos esse princípio a estas duas petições do Pai Nosso; e então entenderemos que: O Reino de Deus é uma sociedade onde a vontade de Deus se cumpre com tanta perfeição na terra como o é no céu. Portanto, estar no Reino dos céus significa levar uma vida em que submetemos tudo, por livre decisão e amor; e voluntariamente, à vontade de Deus. Significa ter chegado a um ponto em que aceitamos a vontade de Deus total, completa e perfeitamente. E nos dispomos a servir cumprindo o mandamento maior: Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força. O segundo é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes. (Mar 12:30,31).

E quando entendemos o mandamento acima não por força, mas sim por entendimento chegamos a seguinte conclusão que o reino de Deus se faz aqui na terra quando limpamos o poço do nosso coração de todo o entulho que possa existir, pois sentimentos do tipo; ódio, rancor, orgulho, preguiça inveja e demais como estes, são entulhos que entope o vertedouro da água da vida que devia jorrar dentro de nós. E se continuarmos assim seguiremos retendo vida e destruindo vidas inclusive a nossa. Então cabe a nós na reflexão da vida amar mais, perdoar mais e ter nas mãos a taça rica da misericórdia, e jamais o martelo do juízo unilateral. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 04/12/2017
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