Um viver guiado pelo amor e não somente pelo intelecto.
E, pela tua ciência, perecerá o irmão fraco, pelo qual Cristo morreu. (1Co 8:11). Este capítulo da carta do apóstolo Paulo aos Coríntios trata-se de um assunto que até hoje se faz delicado devido a compreensão que cada um tem do amor e de si mesmo. O que Paulo retrata aqui é diferença do agir daquele que já tem alicerces firmados na fé e na esperança do amor e aqueles que ainda são dirigidos por ritos, rituais. Ou seja, eitos, preceitos e preconceitos esquecendo-se de que o verdadeiro manual de vida de um Cristão é o evangelho de Jesus Cristo.
1 – Primeiro o que é seguro para uma pessoa pode não ser para outra. Se mostra certo, que Deus tem sua maneira particular de entrar em cada coração; e, é igualmente certo que o mal também tem sua maneira secreta e ardilosa para se fazer presente no coração que se abre para ele. Ou seja, aquila tentação que para um é simples de se vencer, para outro pode parecer uma barreira intransponível. Existem coisas que para nós não provocam reação alguma e nem tão pouco uma tentação, já para alguns provocam reações dolorida, e portanto, ao considerar se faremos ou não uma coisa, devemos pensar não só em seu efeito em nós mas também em outros.
2 – Segundo devemos tomar cuidado com os julgamentos pois o ser humanos só conheceu o pecado pecando. Então quando no pomos a julgar a outrem o fazemos na medida do nosso conceito pecador. Não devemos julgar nada, unicamente do ponto de vista do mero conhecimento intelectual, devemos sempre levar a luz clara da medida do amor. (Não estou falando de julgamento em tribunal, pois para isso tem os causídicos e os magistrados para fazê-lo). Estamos tratando aqui o julgamento feito pelo coração. Sempre existe certo perigo no conhecimento unilateral. Porque este pode nos levar a escuridão da arrogância; levando-nos a uma pseudo superioridade fazendo nascer em nós o desprezo por aqueles que sabem menos. A real conduta de um Cristão dever ser guiada sempre não pelo pensar de que se é mais, mas sim pelo pelo entendimento de que se é diferente no agir, no entender que está aqui para servir em amor e verdade, levando nas mãos, não um martele de juiz, mas sim a graciosa taça da misericórdia. E a vezes por amor ao próximo devemos deixar fazer e dizer coisas que bem poderíamos fazer e dizer.
3 – E por fim quando entendemos a obra da cruz vemos que à verdade maior de todas é: Ninguém tem direito a reclamar para si um direito, recorrer a um capricho, ou exigir uma prerrogativa que possa ser a ruína de outrem. Até porque a vida de um Cristão não é feita do pensar somente em si mesmo e no cuidar do irmão mais fraco. É bom lembrar da ordem que Jesus nos deu: E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me. (Luc 9:23). Pois um prazer que venha a ser a ruína de outrem não é um prazer, é um pecado. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.
(Molivars).