Aprendendo a ouvir para ensinar.

Fiz-me fraco para com os fracos, com o fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns. Tudo faço por causa do evangelho, com o fim de me tornar cooperador com ele.(1Co 9:22,23). Aqui vemos o apóstolo falar de como se doava para que o evangelho de Jesus Cristo chegasse a todos. E, para que isto acontecesse ele falava de acordo com os ouvidos dos ouvintes. Seu método era fazer-se tudo para todos. Não significava que ele adotava uma personalidade hipócrita de duas caras, sendo uma coisa para uns e outra coisa para outros. Mas sim trata-se de ser capaz de dar-se bem com qualquer pessoa. A pessoa que nunca pode ver nada salvo seu próprio ponto de vista, torna-se completamente intolerante, e carece do dom da simpatia, aquele que nunca tenta compreender a mente e o coração de outros, nunca poderá ser um líder, nem sequer um amigo.

Quem leva a boa nova a outrem tem que ter a capacidade de ouvir e ouvir com o ouvido da compreensão e jamais com o ouvido cheio de eitos, preceitos e preconceitos. É isto que o apóstolo Paulo nos ensina aqui e o maior exemplo que temo é o de Jesus que sendo Deus limitou-se a si mesmo e veio a este mundo e viveu como criatura. Pois a soberba não coaduna com os ensinamentos da boa nova.

Nunca poderemos obter nenhum tipo de evangelização, jamais atingiremos um coração, e nem tão pouco uma amizade sem buscar compreender a mente dos que nos ouve, ou no relacionamos. Falar a mesma linguagem e pensar da mesma maneira que a outra pessoa isso nos leva a conhecê-la e conhecendo podemos compartilhar um ensinamento. Sempre que tratamos as pessoas com ar de superioridade, e não empenhamos nenhum esforço para compreendê-la, e não tentamos encontrar um ponto de contato, jamais conseguiremos levar algo a mente e nem tão pouco ao seu coração.

Eis o porquê de Paulo, ser um grande missionário, que ganhou mais almas para Cristo que qualquer outro, via quão essencial era converter-se em tudo para todos. Uma de nossas grandes necessidades é simplesmente aprender a arte de nos dar bem com as pessoas; e o problema reside em que muitas vezes nem sequer tentamos fazê-lo. Que cada um de nós examine a si mesmo para ver onde estamos falhando para que possamos ser reais instrumentos na vida de outrem, levando vida que vai além da vida. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.

(Molivars).