De escravos do egoísmo a seres que servem em amor e verdade.
Entretanto, ninguém ao ser tentado deverá dizer: “Estou sendo tentado por Deus”. Ora, Deus não pode ser tentado pelo mal, e a nenhuma pessoa tenta. Cada um, porém, é tentado pelo próprio mau desejo, sendo por esse iludido e arrastado. (Tgo 1: 13,14). Aqui Tiago chama a atenção para a ação destrutiva de um agir egoísta. A palavra-chave aqui é: epithumia (ἐπιθυμία), que pode ser traduzia por cobiça ou concupiscência. Os filósofos dissertaram sobre esta palavra: Aristóteles define epithumia como um esforço para alcançar o prazer. Clemente de Alexandria a chamou de uma tendência e esforço irrazoável para alcançar a autogratificação, ou seja, aquele que busca ter o que deseja mesmo que isso cause dano a outrem. Epithumia é a paixão desordenada por algo ou alguém. É a emoção que leva as pessoas a fazerem coisas infames, cruéis e vergonhosas. É quando as pessoas põe o seu coração nas coisas e prazeres que pode dar este mundo esquecendo-se do real dever que nos deu o Criador.
A atitude egoísta sempre nos leva a destruição, pois transforma seres amados em empecilho para a realização de nossos desejos. Vemos isto no caso do Édem: Quando Deus repreendeu a Adão por seu pecado, a resposta deste foi: “A mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi.” E quando Ele repreendeu a Eva por sua ação, ela respondeu: “A serpente me enganou, e eu comi.” Ou seja, Adão disse: “Não me culpe, culpa a Eva.” Eva disse: “Não me culpe; culpa a serpente” (Gênesis 3:12-13). Aqui entendemos que somos peritos em evasões, quando as consequências ruins de nossos atos egoístas vem a tona.
Jesus nos ensinou de forma vívida e vivida que tal atitude sempre leva a destruição e nos torna escravos de nossos próprios desejos, ao ponto de culparmos a Deus por tais malefícios. Pois o quadro do ser humano é o seguinte:
1 – Deus criou o ser humano só um pouco inferior a si mesmo para que tivesse o domínio sobre todas as coisas. (Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor do que Deus e de glória e de honra o coroaste. Slm 8:5).
2 – O ideal da humanidade deveria ser, fazer brilhar sua semelhança a Deus em exemplo de amor e paz em todo universo. Mas pelo pecado da desobediência estimulado pela vaidade o ser humano se sumiu na frustração e na derrota em vez de exercer domínio e o real governo. Então aquele que foi criado para reinar se converteu em escravo e escravo do seu próprio ego.
3 – E em meio a este estado de frustração e derrota introduziu-se Jesus Cristo para que por sua vida, pudéssemos aprender que o amor vence morte e glória o homem pudesse ser aquilo para o qual foi criado. Para expressá-lo de outra maneira, o autor de Hebreus no capítulo dois do versículo cinco ao nove, nos mostra nesta passagem. Que a atual situação do ser humano pode ser transformada no ideal do Pai. A mudança foi operado por Cristo Jesus. Jesus Cristo nos mostrou que mesmo na fragilidade da forma humana podemos vencer o ego, e ter uma vida cujo o servir o amar e o perdoar são as reais motivações. Em jesus vemos Deus que não fugiu do sofrimento para trazer de volta a glória que o ser humano havia perdido no pecado. Ou seja, levar o ser humano ao que estava e está destinado a ser, e que sem Ele nunca poderia ser. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.
(Molivars).