COMO TENTAR EXPLICAR O INEXPLICÁVEL... DEUS.

COMO TENTAR EXPLICAR O INEXPLICÁVEL... DEUS.

(Autor: Antonio Brás Constante)

Deus existe? Se existe, como Deus pode ser eterno? Como Deus pode existir se ninguém criou ele?

Como até hoje ninguém conseguiu provar a Existência ou inexistência de Deus, assim como ninguém também conseguiu provar essas mesmas coisas sobre o monstro do espaguete voador (ver Richard Dawkins), ou Zeus, Odin, etc. falar o que quer que seja sobre Deus de uma forma coerente parece ser uma tarefa impossível.

Mas se não podemos provar essa existência, podemos ao menos tentar percebe-la através de uma de suas partes (peraí, criaturas imaginárias tem partes?). Mesmo que muitos achem que ele não existe (já fui assim, por décadas), essa parte dele da qual vou falar, todos conhecem. Ou seja, vou utilizar o Amor (e quase ninguém dúvida da existência do amor) para jogar um pouco de luz sobre o assunto.

Primeiramente podemos dizer que o amor é atemporal. Não envelhece. É infinito. O sentimento de amor por algo ou alguém até pode ter um inicio e um fim, mas isso não significa que o amor acaba quanto deixamos de amar. O amor existe independentemente de amarmos ou não, de existirmos ou não, de acreditarmos no amor ou não. O amor não depente sequer da vida. Mesmo que não existisse uma centelha de vida em todo cosmo, ainda assim o amor existiria.

O amor é eterno. Não pode ser destruído. A economia de um País pode ser destruida, o escudo do Capitão America Pode ser destruído, o Universo e até mesmo o hipotético multiverso poderiam ser destruidos, mas não o amor. Não confunda o amor que sentimos com o amor em si. Muitos acham que conseguem destruir o amor, quando transformam o amor que sentem em ódio, mas eles apenas trocam uma coisa pela outra, e ainda assim, o amor vai continuar ali, disponível.

Para o amor se expressar, basta que se ame. Mas, e se não tiver ninguém para sentir amor, ele acaba?? Deixa de existir?? Não. Ele apenas fica inerte, porém, pronto para florecescer, mesmo que tenha que esperar por milhões, bilhões de anos.

Quem criou o amor? Ninguém criou o amor, apenas inventamos nomes para ele. O amor está em toda parte, e ao mesmo tempo não está em lugar nenhum. Podemos acreditar ou não no amor, entender ou não, sentir ou não, isso não importa e não altera o fato de que ele existe, independente de nossa efêmera percepção sobre ele.

Muitos se aproveitam da ideia do amor para proveito próprio. Falam que conhecem o amor, que podem distribuir amor, ensinar sobre o amor, mas tem o coração cheio de egoismo, ganância e preconceito. Enganam, roubam, causam dor, sofrimento, ódio, entre tantos males. Estão completamente distantes de tudo que o amor representa. Mas a culpa de tudo isso é do amor? Seria o amor culpado pelo mau uso que fazem de seus conceitos? É Tão fácil dizer que a culpa é do amor, quando na verdade, foi justamente a falta de amor que causou tudo de ruim que se possa imaginar.

A força do amor é poderosissíma e uma das formas de alcançarmos essa força esta em se doar, nem que seja através de um sincero e caloroso sorriso.

O amor não tem forma, não tem lógica. Não tem explicação. Para vivermos o amor, temos que nos render a ele, aceita-lo, e sobretudo amar, simplesmente amar.

Enfim, não posso provar a ninguém a existência de Deus, mas se ele existir, o amor certamente seria uma das partes de sua essência, e talvez, seja uma das melhores formas de podermos chegar até ele, acreditando ou não...