Amando e exortando pacietemente.

Rogamo-vos também, irmãos, que admoesteis os desordeiros, consoleis os de pouco ânimo, sustenteis os fracos e sejais pacientes para com todos. (1Ts 5:14). Aqui neste versículo Paulo se refere aos que necessitam um cuidado e atenção particulares.

A palavra traduzida por desordenado, insubmisso ou ainda por sonolento segundo os linguistas descrevia originariamente a um soldado que tinha deixado as fileiras; alude aos que não cumprem com o que deveriam cumprir. Ou seja, está direcionado para aquele que ainda não entendeu que ao banhar-se na graça, tem o dever de ser gracioso; que ao alimentar-se do amor, tem o dever de ser amoroso; e quando se é perdoado imerecidamente, tem se o dever de perdoar amorosamente. E da mesma maneira pela qual Jesus nos serviu em amor e verdade, devemos seguir servindo uns aos outros.

Os de pouco ânimo palavra do grego: ὀλιγόψυχος, oligopsuchos; Que se refere a aqueles que tem uma mente pequena que ainda não assumiu ou entendeu o que é ser Cristão. É aquele que ainda não aprendeu a amar a perdoar e a confiar no amor de Deus. Ou seja, aquele que se deixa levar pelos ventos das emoções. E mesmo com o intelecto carregado de conhecimento segue com a alma vazia de sabedoria. Aquele que diante das dificuldades só consegue ver o pior e esquecendo-se do que disse Jesus: Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo. (Joã 16:33).

Paulo ainda exorta aos Tessalonicenses que consolem os sem ânimos acima citados e sustentem os fracos, e este precioso conselho chega até nós de forma vívida e atual. Em vez de nos irritarmos com os desanimados ou com os irmãos fracos deixando-os ir à deriva para finalmente desaparecer, devemos empenhar a nossa vida deliberadamente mantê-los na Igreja de tal maneira que não possam escapar. Devemos dedicar parte do nosso tempo para dar vida a estes, sentando conversando, e não mandando indiretas ou usando de palavras soltas. Até mesmo porque Jesus desceu na terra para nos ensinar o caminho que leva ao Pai, pessoalmente.

E balizados na paciência que o Espirito Santo nos supre devemos criar laços de companheirismo e persuasão para poder manter no caminho de Cristo quem é temperamentalmente fraco e propenso a desviar-se. E pacientemente ter em nossos corações o mesmo sentimento que Cristo teve e tem por nós, porque a maior lição que Jesus nos ensinou é que devemos suportar a tudo e a todos com amor e alegria. Que o amor de Cristo Jesus seja o árbitro de nossos corações.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 08/10/2017
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