A plena confiança (fé) no amor do Pai.
Então, lhes disse: A minha alma está profundamente triste até a morte; ficai aqui e vigiai comigo. Adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres. (Mat26:38,39). Vemos aqui nestes versículos que Jesus via a cruz cada vez mais perto e a sua alma entristeceu. E então ele nos ensinou algo que todo Cristão deve ter como sua realidade. Nos momentos em que a tristeza e as tribulações da vida nos pegar devemos nos aproximar de Deus como um filho se aproxima de um pai, confiante no seu amor. Pois foi assim o que Jesus o fez. Foi ao Getsêmani com a alma envolta na escuridão da tristeza; saiu rodeado pela luz do amor, porque tinha falado com o Pai. Foi ao Getsêmani em agonia; saiu vitorioso, e com a alma plena de paz, porque tinha falado com Pai.
Assim se dá conosco quando oramos em meio a uma dificuldade, mas há uma coisa que devemos destacar quando Ele diz: “Seja feita sua vontade.” Ele o faz de uma forma especial.
1 – Podemos orar em um tom de submissão total, como se estivesse nas garras de um poder contra o qual é impossível lutar. Como se estivéssemos com um fardo pesado e difícil de carregar. E isto parecerá uma derrota ou que estamos fazendo algo contra a nossa vontade.
2 – Podemos orar como alguém que está frustrado, e que vê que seus sonhos nunca se tornarão realidade. As palavras podem ser de frio desgosto, de uma amarga irritação que beira a blasfêmia, tornando ainda mais amargo os dias porque não se pode remediar nada.
3 – Ou podemos orar com o tom de uma confiança perfeita. Assim como fez o mestre Jesus. Porque Ele tinha a plena confiança (Fé) de que estava falando com Alguém que era o Pai; estava falando com um Deus cujos braços eternos o sustentavam e o rodeavam até na cruz. Estava se rendendo, mas a um amor que jamais o deixaria, um amor que o sustentaria na tarefa mais árdua de sua vida. Neste mundo de razões rasas é difícil aceitar o que não podemos compreender; mas Jesus nos ensinou aqui que até mesmo os momentos de grandes desventuras podemos nos manter com a alma alegre e cheia de paz, se estivermos seguros do amor de Deus. Porque a confiança neste amor, é que nos capacita, a levantar os olhos e dizer com uma fé perfeita: “Seja feita a tua vontade na minha vida.” Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.
(Molivars).