MORTE É MITO? OMITO OU MINTO.
MORTE É MITO? OMITO OU MINTO
Minto pra mim mesmo, quando me omito ao mito da modificação.
Maquio a máscara da mentira,
Minimizando mea culpa, minha máxima culpa
Mas, com minhas meias verdades me martirizo
Que absorvo, engulo mas não mastigo.
Mentalizo, morro e me digo:
Por que existe a reencarnação?
Melhor maneira não seria ?
Metralhar todos os eus mendigos
Que mofam nas calçadas menoscabando
Todas as oportunidades de
Modificar a ação
Na Matemática dos inúmeros “m”
Quantos “mais”, eu terei que apagar ?
Quantos “menos”, eu terei de somar ?
Morte é mito?... Omito ou minto ?
Minto a verdade que não sei praticar
Maremotos revoltos
Momentos mornos e mutantes
Mesmices de tormentos instantes
Com mil métricas eu meço
Os metros das medidas que já tentei acertar
Mas mesmo, mais e mais motivos, motivam-me
A não deixar de mensurar os métodos de encontrar
Um mundo que miro mais além
Liberto da masmorra que me incomoda desde outro ontens
Muito embora, por este minuto eu pereça
E faz com que eu mereça
Pela invontade demora que em mim mora
E imóvel não movo a divina vontade de me mudar
Morte, morte, morte, morte
Mãe, morte, morra eu
Não me mantenhas
Em tal sorte,
Preciso morrer para ser forte
Preciso nascer pros braços teus.
Preciso é morrer para ser EU.
PEDRO FERREIRA SANTOS EM 20/09/2000