TEOLOGIA DA PROSPERIDADE E O PAGANISMO DE AGORA

Sacrifícios humanos jamais foram realizados peticionando perdão, mas unicamente em favor da prosperidade material. É que as pessoas em busca de prosperidade material (que é o grande sonho de possuir e garantir-se), em regra, buscam-na a qualquer custo, não querendo pensar nos princípios e pessoas que pisam e prejudicam gradativamente, pois nessa busca vão violando suas consciências e idoneidade para aceitar quebrar princípios cada vez mais elevados, cada vez mais sagrados. Muitos roubam nos salários de seus trabalhadores, outros tiram nos preços que cobram, inúmeros através do suborno e corrupção, infindos através do trabalho relapso, centenas de milhares defraudam a natureza e milhões tiram dos próprios familiares.

Pessoas atrás de riquezas não querem saber se estão pecando com isso, muito menos se existe pecado, leis e Legislador que recriminem esses atos destrutivos.

Unicamente Deus preocupou-se em nos fazer ver que pecamos e sacrificou-se humanamente a Si mesmo para cairmos em si e assim conter o ritmo da degradação que produzimos em nós mesmos, com o nosso próximo, com as relações sociais e com o planeta. Entretanto, ainda assim, cegos pela prosperidade material, a maioria de nós proclama que o sacrifício de Deus não tem sentido porque a Lei foi abolida por esse sacrifício, ou simplesmente porque não existe Lei e nossos maus atos não podem nos prejudicar, não prejudicam à natureza e à humanidade, não levam tudo para o apogeu da deterioração, que é a morte.

Assim, quase que em regra, o ricos não querem saber de Deus, muito menos se Ele for Legislador e bem assim todo pobre que, querendo imitar os ricos, sonha e busca a riqueza material. E muitos pseudos crentes modernos chegaram ao cúmulo de configurar o Deus Salvador como sendo os mesmos ídolos pagãos da prosperidade material (aos quais se sacrificavam pessoas e até os próprios filhos), o qual atende suas imposições por bem-estar e bênçãos materiais sem lhes impor qualquer regra, a não ser o “ritual dizimista” que, praticado de forma torcida, lhes proporciona imaginar que têm direito a impor que Ele lhes abra 'os celeiros do céu' mesmo que eles sequer tenham coragem de olhar no rosto do Dono da riqueza, que é também Criador e Pai de tudo e todos os que eles destroem e prejudicam. - Malaquias 3:10, Mateus 23:23

"Ai de vós, (...), hipócritas! Porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, mas tendes descuidado dos preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé. Deveis, sim, praticar estes preceitos, sem omitir aqueles!" - Mateus 23:23.

Não é preciso dizer aos que fazem isso em que circunstâncias pisam princípios e pessoas em prol da prosperidade material e o garantir a própria vida, pois todos sabemos quais são os nossos atos que nos fazem ter horror de encarar a face de Deus". - Crônicas 7:14.

Wilson do Amaral