VINCULAÇÃO ESPIRITUAL COM DEUS

Dedico esta reflexão para todos os missionários que pregam a Palavra de DEUS, quer no Brasil ou fora dele, independentemente de

religião.

"QUEM AMA SEU PAI OU SUA MÃE MAIS DO QUE A MIM NÃO É DIGNO DE MIM; QUEM AMA SEU FILHO OU SUA FILHA MAIS DO QUE A MIM NÃO É DIGNO DE MIM" (Mt. 10. 37)

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O apóstolo Lucas apresenta de modo ainda mais severo as palavras de JESUS: "SE ALGUÉM VEM A MIM E NÃO ABORRECE A SEU PAI, E MÃE, E MULHER, E FILHOS, E IRMÃOS, E IRMÃS E AINDA SUA PRÓPRIA VIDA, NÃO PODE SER MEU DISCÍPULOS"(Lc. 14:26).

Os termos de sentimentalismo são relativos, pois é certo que JESUS não fala de ódio propriamente dito, mas que o amor natural que temos pelos nossos parentes, em comparação ao amor que temos por CRISTO e sua mensagem, deve ser qual ódio. Esse amor a CRISTO deve ser tão intenso que o homem não tenha amor nem por sua própria vida. O apóstolo Mateus usa, então, termos que estabelecem a comparação entre tipos de intensidades de amor, ao invés de fazer o confronto entre o amor e o ódio, segundo Lucas diz; e bastaria isso para mostrar que JESUS falou sobre a intensidade do amor, em graus diversos, e não sobre o ódio, em seu sentido literal, em contraste com o amor. A mensagem deste versículo é que aquele que não possui esse tipo de amor, isto é, amor maior do que aquele que vota à sua própria família, não é digno de CRISTO e dificilmente pode ser discípulo do reino dos Céus. Aquele que não tem tal amor não sofrerá oposição por parte da família ao querer tornar-se discípulo. Nesse caso, a influência paterna, ou filial, ou fraternal, ou dos demais membros da família - poria fim - ao discipulado. JESUS não se volta contra o lar e suas relações familiares, mas mostra que há uma relação ainda mais elevada, a saber, a vinculação espiritual com DEUS. Essa relação com DEUS é estabelecida com os homens através de CRISTO, e a atitude que o homem tem para com CRISTO mostra claramente que tipo de relação ele mantém com DEUS. CRISTO é nosso irmão; DEUS é nosso Pai; os outros discípulos do reino são nossos irmãos. Essa é a família cujos laços perdurarão para sempre, sendo mais importantes que as relações naturais das famílias.

Se for preciso negar a um pai, é melhor negar o pai terrestre do que o Pai celeste. Se for preciso negar um irmão, é melhor negar a um irmão terrestre do que a CRISTO, o irmão celeste. Se for preciso escolher entre um noivo terrestre e o noivo celeste (CRISTO), é perfeitamente claro que o discípulo autêntico só pode preferir a CRISTO. O discípulo que não toma esse tipo de decisão não é digno de ser discípulo do reino nem de suster sua relação fraternal com CRISTO. Aqui, pois, JESUS afirma o seu direito de ser o alvo de nossa suprema afeição. Ele indica que só o discípulo que tem tal amor pode resistir ao mal do mundo e obter o êxito no discipulado que abraçou.

Interessante observar, que neste versículo, a palavra "MIM" é repetida por três vezes, a qual por força de sua referência, mostra a urgência da palavra. Só CRISTO pode exigir tal fidelidade da parte do homem; qualquer outra pessoa que solicitasse tal coisa seria considerada ridícula.

É mister notarmos que algumas pessoas exageram tanto este (Mt. 10:37) como outros versículos, como o abaixo, dizendo que os mesmos dão direito e até ordenam ao cristão negligenciar os deveres domésticos.

"TORNOU JESUS: EM VERDADE VOS DIGO QUE NINGUÉM HÁ QUE TENHA DEIXADO CASA, OU IRMÃOS, IRMÃS, OU MÃE, OU PAI, OU FILHOS, OU CAMPOS POR AMOR DE MIM E POR AMOR DO EVANGELHO, QUE NÃO RECEBA, JÁ NO PRESENTE, O CÊNTUPLO DE CASAS, IRMÃOS, IRMÃS, MÃES, FILHOS E CAMPOS, COM PERSEGUIÇÕES; E, NO MUNDO POR VIR, A VIDA ETERNA"

(Mc.10:29-30).

Alguns ministros e missionários abandonam tudo, inclusive os deveres para com seus pais, dizendo que assim realizam o trabalho de DEUS. O cristão deve assumir a responsabilidade de criar seus próprios filhos e cuidar do bem-estar de seus pais, conforme ensinou Paulo:

"ORA, SE ALGUÉM NÃO TEM CUIDADO DOS SEUS E ESPECIALMENTE DOS DA PRÓPRIA CASA, TEM NEGADO, A FÉ E É PIOR DO QUE O DESCRENTE". ( 1 Tim. 5:8).

JESUS também condenou os que negligenciam suas próprias famílias, alegando que estão fazendo a obra do Senhor. JESUS mostrou que essa atitude é contrária à lei de DEUS e que faz parte das tradições pervertidas dos homens. É perfeitamente claro, portanto, que JESUS falou na "espada" e na divisão entre os familiares, em uma mesma casa, como resultado da pregação e influência do evangelho, que cria oposições entre os membros da família. Se tal oposição obrigar alguém a sair de casa, então o discípulo está nesse direito de sair.

Mas dificilmente podemos acreditar que estes versículos dêem direitos a alguém, e muito menos aos ministros da Palavra, de abandonar seus filhos e de negligenciar os deveres para com seus pais, ante a desculpa: "vou servir a Deus". Era exatamente isso que os fariseus e outros farsantes religiosos faziam. Até os nossos próprios dias há pessoas que dizem corbã(*)

"VÓS, PORÉM, DIZEIS: SE UM HOMEM DISSER A SEU PAI OU SUA MÃE:

AQUILO QUE PODEREIS APROVEITAR DE MIM É CORBÃ, ISTO É, OFERTA PARA O SENHOR" (Mc.7:11).

FONTES:

Bíblia Sagrada

Livro - N.T. Interpretado

Wilson de Oliveira Carvalho

(*) Corbã - Palavra hebraica que significa "Oferta"

"As mudanças rápidas são freqüentemente temporárias"

The Grea test Psychologist Who Lived: Jesus and the isdom of the soul

Mark W. Baker

Wil
Enviado por Wil em 31/07/2007
Código do texto: T586680