Um Deus que se apresenta na simplicidade do amor.
Estando eles ali, aconteceu completarem-se-lhe os dias, e ela deu à luz o seu filho primogênito, enfaixou-o e o deitou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria. Havia, naquela mesma região, pastores que viviam nos campos e guardavam o seu rebanho durante as vigílias da noite. (Luc 2:6-8) Está passagem que se estende até o versículo vinte um vemos a narrativa do nascimento de Jesus, e o que se faz interessante aqui é ver que os primeiros a verem Jesus foram os pastores. Só para situarmos dentro do contexto devemos saber que pastores era uma classe de pessoas que viviam a margem da sociedade. Eles eram desprezados pelos bons ortodoxos de seus dias. Porque não podiam cumprir com todos os detalhes da Lei cerimonial; não podiam observar todas as meticulosas lavagens de mãos, as normas e as regulamentações. O cuidado de seus rebanhos os absorvia e os ortodoxos os consideravam como pessoas inferiores.
E aqui se mostra o lindo agir do amor de Deus. Pois os considerados inferiores para os padrões humanos foram os primeiros a verem o maior presente que Deus pai deu ao mundo.
Em outros estudos vimos que era de costume que quando nascia um menino os músicos da zona se congregavam para saudá-lo com música. Festejando assim o seu nascimento. Mas Jesus nasceu em um estábulo em Belém e portanto essa cerimônia não teve lugar. É bonito pensar que os coros celestiais substituíram os músicos terrestres, e que os anjos cantaram para Jesus canções que teria sido impossível entoar por bocas humanas.
Este relato nos remete a pensar na enorme simplicidade do nascimento do Filho de Deus. Hoje ainda vemos que a maioria de nós busca ficar perto de pessoas ilustres influentes e as vezes esquecemos dos mais humildes. Mas Deus nos ensina aqui que o amor jamais olha para posição social ou de poder Ele olha para o coração que é capaz de amar a outrem além de si mesmo. Há um ocorrido que não sei o autor, que narra uma história de um rei que de quando em quando desaparecia, e descobriram que ele se disfarçava para andar em meio ao seu povo. E então o indagaram o porquê deste seu gir e a resposta foi: “Não posso governar a meu povo sem saber como vivem.”
Aqui fica a beleza de se festejar o natal pois o maior presente que podemos dar a outrem e de estar presente como Deus o fez. Pois a fé cristã se firma no o saber que temos um Deus que conhece nossa vida porque ele também a viveu, e não pediu vantagens especiais sobre os outros homens. E nos amou primeiro para que soubéssemos o que é o amor. Feliz Natal!
(Molivars).