Comentário da Liturgia da 2ª feira da 17ª Semana Comum
(Ex 32,15-24.30-34; Sl 105; Mt 13,31-35)
Somos um povo de cabeça dura e coração fechado para as coisas de Deus, como aquele que no deserto, apesar dos prodígios, comete o pecado da idolatria ao invés de reconhecer seu amor e sua bondade.
Abramos nossa cabeça e nosso coração para reconhecer a misericórdia de Deus e cantemos como o Salmista “Daí graças ao Senhor por que ele é bom”.
Nos vv. do Evangelho de hoje Mateus dá continuidade às parábolas do reino com as da semente da mostarda e a do fermento.
Jesus quis e quer nos mostrar que na minúscula semente da mostarda esconde-se uma grande força capaz de produzir uma árvore frondosa. Equivalente à força da mostarda é a ação do fermento na massa, da 2ª parábola.
Do mesmo modo a religião cristã, inicialmente pequena, teve e tem até hoje a finalidade de penetrar em toda a humanidade e fazê-la crescer, não apenas em quantidade de adeptos, mas, sobretudo em virtude e santidade. Se a Igreja ou a religião cristã não fermentar “toda a humanidade” não estará cumprindo sua finalidade e deve ser descoberta e corrigida a sua falha.Após mais de 2000 anos a Igreja ainda não descobriu meios eficazes para fermentar a massa.Muitas pessoas ainda não ouviram falar de Jesus, não tiveram sua experiência pessoal do amor de Cristo.
Por que Jesus disse isso à multidão em forma de parábolas? Por que aqueles curiosos, indiferentes e incrédulos estavam de corações endurecidos, ouvidos tapados e olhos fechados e não lhe acolheram apesar de todos os milagres e das pregações claras. Como as parábolas estavam dentro do contexto diário Jesus estava induzindo-os a pensar, a usarem a inteligência, a se questionarem , chegarem a uma conclusão e aderirem ao reino de Deus.
A cada dia o reino de Deus acontece, vai crescendo, vai tomando forma com a graça do Espírito santo em nós. Busquemos Jesus na Palavra, na Eucaristia para que a semente do reino desabroche e cresça em nós para que sejamos anunciadores do mesmo e combatentes do anti-reino.
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