Comentário da Liturgia do 17º Domingo do Tempo Comum
(Gn 18,20-32; Sl 137; Cl 2,12-24; Lc11,1-13)
Os discípulos ao observarem Jesus em oração pedem-lhe que lhes ensinem a orar. Eles escutam de Jesus como se deve orar. Aqui no evangelista Lucas a oração é muito breve: cinco pedidos ao invés de sete, como em Mateus. Ensinando duas formas diferentes do “Pai Nosso”, Cristo quis provavelmente mostrar que não devemos ater-nos a formas rígidas, mas podemos e devemos fazer nossas próprias orações espontâneas.
Nos vv de 5 a 8 Jesus ensinou aos discípulos que é preciso rezar com perseverança até vencermos Deus com nossa insistência como fazem os filhos com os pais, vence-os pelo cansaço.”Quem pede confessa-se necessitado, quem insiste não procura outro remédio, bate à porta de quem sabe que irá responder”
A 1ª leitura se refere a Abraão e versa sobre a insistência dele em favor do povo a fim de abrandar a ira divina .O salmo diz que Deus escuta aqueles que a ele recorrem e a 2ª leitura afirma que Deus nos trouxe à vida através do perdão dos nossos pecados na pessoa do seu filho Jesus Cristo.
“Deus é o pai mais perfeito que existe. É o mais bondoso dos pais.” Devemos recorrer a Deus todas as vezes que dele necessitarmos. Precisamos bater à sua porta, entrar e ficar na sua casa. Assim encontraremos solução para nossos problemas. Ficar na sua companhia, não apenas procurá-lo na hora da necessidade e logo em seguida virar-lhe as costas como fazem os pedintes que batem às nossas portas quando estão famintos.
Deus jamais deixa de atender a quem lhe pede. Se o que pedimos não é bom para nós, ele nos dará outra coisa melhor, algo que seja para nosso bem.
Os homens, mesmos os pais, são egoístas; contudo o amor paterno se sobrepõe. Se os pais humanos, mesmo imperfeitos e falhos, amam seus filhos e os atendem, Deus Pai que é perfeito com toda certeza dará, a quem o pedir, todo bem e, de modo especial, o próprio Espírito.
Com som em:
http://www.marineusantana.recantodasletras.com.br/
visualizar.php?idt=584329