Vontade de Deus ou Obra do Maligno?

Não sei quantas vezes me deparei com essa indagação. A verdade é que vivemos sempre em ambivalência, ou seja, extremos que necessitam de uma decisão. Tomar decisões não é nada fácil. O que nos afligi algumas vezes é não termos o entendimento daquilo que precisa ser feito. Algumas decisões são fáceis por sabermos o que queremos. Mas aí quando surge a questão: O que queremos é vontade de Deus ou simplesmente nossa vontade? E quando trocamos “nossa vontade” por “obra do maligno”. Note que quando trocamos as palavras, nos isentamos de nossas responsabilidades e atribuímos essas responsabilidades a terceiros. Obra do maligno é uma expressão bíblica e que se refere à ação de satanás, mas essa ação é uma investida contra o homem e não contra Deus. Jesus disse que a todo o que ouve a palavra de Deus e não entende, vem o maligno e arrebata o que lhe foi semeado no coração (Mt. 13:19). O entendimento é a compreensão de ato ou efeito, a semeadura é a palavra de Deus, que só pode germinar e um coração preparado, sem ervas daninhas, só assim está apto para receber a boa semente, quando nosso coração está cheio de concupiscência daí procede todo ambivalência, Tiago escreve que cada um é tentado pela sua própria concupiscência, quando está cheio de avareza e lascívia (Tg. 1:14). Isso não é propriedade exclusiva do maligno, isso está encarnado também na natureza humana, Tiago ainda revela que as ambivalências são provenientes dos nossos interesses (Tg.4:1). O Apóstolo Pedro nos adverte que o Diabo está ao derredor buscando a quem possa tragar (1Pe. 5:8), este, o Diabo, só vai tragar aquele que assume o risco de se entregar aos seus deleites e a fazer as suas vontades. As boas novas, o evangelho, é poder de Deus para salvação de todo aquele que crê (Rm. 1:16). Salvar de que? Salvar dos seus próprios desejos, deixar que os desejos sejam crucificados com Cristo, “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé no filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim.” (Gl. 2:20), escreveu Paulo aos Gálatas.

É nessa perspectiva que devemos entregar nossa vida e nossa vontade aos cuidados de Deus. Sejamos crentes na palavra que pode nos salvar, e confiarmos que “Se Deus é por nós, quem será contra nós? [...]”, e ainda, “quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?” (Rm. 8: 31, 35)

Deus nos abençoe!

André Casquinha
Enviado por André Casquinha em 05/08/2016
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