SEJAIS PERFEITOS E ÍNTEGROS

"ORA, A PERSEVERENÇA DEVE TER AÇÃO COMPLETA, PARA QUE SEJAIS PERFEITOS E ÍNTEGROS, EM NADA DEFICIENTE" (Tia. 1:4)

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Somente onde a fé impregnar com tenacidade todos os domínios da vida e mirar conscientemente ao supremo fim, e a atividade toda do homem se inserir e subordinar à vontade de DEUS, é que os desígnios salvíficos de DEUS atingirão o seu propósito, que é o de levar o homem remido à perfeição. Pois o homem remido deverá ser perfeito, isento de qualquer mancha do pecado, assim como é perfeito o Pai celestial. (Mt. 5:48)

Quão profundamente compreendeu Tiago ao seu Senhor, quando indica como obra perfeita não tanto alguma boa obra ou prática de virtude particular, mas a pessoal integral do cristão em sua fé comprovada e madura. Com que finura estabeleceu, no entanto, pela própria formulação da frase a tese de que tal maturação não leva como que por si e automaticamente à obra perfeita, mas carece dum perseverante esforço para fazer com que a imagem do Pai se configure no eleito. E também se resguarda no presente caso contra toda e qualquer auto-suficiência religiosa. Só quando nada faltar àquela perfeição, será autêntica a fé e se poderá dizer que foi atingida a meta. Não basta, pois, deixar de fazer isto ou aquilo, ou de praticar isto ou aquilo. O que DEUS exige é que o homem todo seja transformado e perfeito - E quem se tiver compenetrado dessa imperfeição, dessa sua própria miséria, de que vezes tantas é ele mesmo o culpado, e quem enfim se vir possuído, de olhos e de coração, e no espírito de fé, dessa meta suprema, já não poderá deixar de alegrar-se em ver sua fé exposta à provação, pois só assim conseguirá aproximar-se de sua verdadeira meta.

Isso equivale dizer que quando assumimos a natureza moral de CRISTO, através das operações íntimas do Espírito, (Gal. 5: 22-23), é provocada a transformação metafísica, de modo a assumirmos também a sua natureza. Em outras palavras, somos transformados em seres muito superiores aos anjos, na medida em que CRISTO é superior a eles; e assim chegamos a participar das perfeições e dos atributos do próprio DEUS, com base na particiçação na natureza divina.(Col. 2:10; Ef. 3:19; II Co. 3:18).

A perfeição do homem, agora ou na eternidade, será sempre relativa, pois somente DEUS é perfeito, embora a sua perfeição se concretize em seu Filho. A perfeição do Filho é que torna nosso modelo de desenvolvimento espiritual; e as coisas nunca mudarão em relação a isso, pois salvação é equivalente a filiação, e filiação é algo que se desenvolve tendo o Filho como seu arquétipo.

"MAS, A TODOS QUANTO O RECEBEREM, DEU-LHES O PODER DE SEREM FEITOS FILHOS DE DEUS, A SABER, AOS QUE CRÊEM NO SEU NOME". (Jo. 1:12).

As perfeições morais de DEUS devem ser infundidas e cultivadas em nós; e isso importa em que a própria natureza divina está sendo implantada em nós. Porém, participamos dessa natureza divina em sentido finito. Entretanto, essa participação irá perenemente aumentando, por toda a eternidade, porquanto jamais poderá haver estagnação ou realização final em nossa glorificação. Nessa glorificação sempre crescente, o espírito humano será transformado em um tipo de ser que ultrapassará em muito ao poder e à glória mesmo do mais exaltado arcanjo. Esses seres tornar-se-ão a expressão de CRISTO nos mundos eternos, os mestre e líderes de outros, que terão também de descobrir todo o seu propósito e alvo de existência em CRISTO.

"DE FAZER CONVERGIR NELE, NA DISPENSAÇÃO DA PLENITUDE DOS TEMPOS, TODAS AS COISAS, TANTO AS DO CÉU COMO AS DA TERRA". (Ef. 1:10).

Por outro lado, Tiago lança mão de três termos ou expressões ao referir-se ao nosso progresso espiritual: "... perfeitos, íntegros em nada deficiente". Notemos que a estrada para a perfeição é pavimentada com tribulações e provações. Não há modo de polir as rochas, a menos que se use um abrasivo. Apesar de que tal processo pode ser encarado como infinitamente fantástico, impossível e impraticável, é possível em graus sempre crescentes, devido ao poder do ESPÍRITO DE CRISTO, pois é ele quem nos transforma. O processo inteiro é uma operação divina; naturalmente, exige nossa anuência, nossa busca, nossa aceitação, e esse é o lado humano da questão. Na salvação, o ser humano sempre entra em contato com o ser divino; e os dois se combinam. É esse o alvo transcendental que impede o cristão de fixar-se no mundo e ficar satisfeito com o mesmo. A experiência abrasiva a vida é necessária para produzir-se à perfeição; esse é o pensamento central do autor sagrado, neste versículo. Somente assim podemos ater plenamente nossa chamada divina para a perfeição. A vida é uma disciplina e uma escola, e não uma viagem agradável. Essa é uma lição severa, mas é necessária. Aqueles que não se submetem a essa abrasão, são deixados para trás, em estados de imaturidade, não se fazendo completos. Esses são os deficientes. A constância é algo excelente, mas não é o bastante. A constância consiste em ganharmos consistentemente a vitória; mas algum dia teremos de triunfar de modo absoluto. A perfeição, pois, é esse triunfo absoluto, que buscamos.

"PORQUE CONVINHA QUE AQUELE, POR CUJA CAUSA E POR QUEM TODAS AS COISAS EXISTEM, CONDUZINDO MUITOS FILHOS À GLÓRIA, APERFEIÇOASSE, POR MEIO DE SOFRIMENTOS, O AUTOR DA SALVAÇÃO DELES". (Hb. 2:10).

FONTES

Bíblia Sagrada

LIVROS

N.T. Interpretado

Novo Testamento- Comentários e Mensagens

Tiago - Introdução e Comentários.

"O conhecimento de nós mesmos é fruto do crescimento pessoal"

The Grea test Psychologist Who Lived: Jesus and the isdom of the soul

(Mark W. Baker)

Wil
Enviado por Wil em 15/07/2007
Reeditado em 15/07/2007
Código do texto: T566489