Comentário da Liturgia do 15ºDomingo do Tempo Comum
(Dt 30,10-14; Sl 68;Cl1,15-20;Lc10,25-37)
O diálogo com um jurista precede a parábola do “bom samaritano”. Ele que conhecia muito bem a lei fez a pergunta a Jesus para pô-lo à prova, por isso Jesus fez ele mesmo responder. O Doutor da lei soube sintetizar os 613 preceitos criados por eles, os rabinos, em dois: o amor Deus e o amor ao próximo. Sabemos que esta síntese é também a alma de todos os mandamentos, pois só o amor dá sentido e justifica a lei, e está ao alcance de todos nós, como diz a Palavra de Deus na 1ª leitura de hoje, no livro do Deuteronômio.
A comunhão com nosso próximo é a comunhão com Jesus, imagem do Deus invisível, encontrando a paz da reconciliação cósmica (segunda leitura).
O letrado escuta a parábola, mas pelo visto é para ele difícil identificar o próximo, pois para ele próximo era apenas o israelita, o irmão de sua raça
.Jesus ao invés de discutir e teorizar conta a parábola não para justificar a própria conduta, mas para criticá-la e corrigi-la.
Um homem qualquer, anônimo, vítima indefesa de salteadores, jaz quase morto num caminho. Um sacerdote e um funcionário de culto escravizados pelos preceitos de pureza ritual ignoram-no, separaram compaixão e culto.Um samaritano, meio pagão, considerado pecador, impuro, no entanto age com generosidade, com compaixão.
Quem se comportou como próximo? Esta cena explica quem é meu próximo. É preciso tornar-se próximo do necessitado. Esta resposta de Jesus não é uma teoria, é uma ação que educa na arte de tornar-se próximo.
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