Um amor livre dos eitos, preceitos e preconceitos.

Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. (João 3:16). Este versículo nos aponta para a grandiosidade do amor de Deus, muitos podem questionar mas a bíblia todos não o faz? E a resposta é sim, mas este é o texto de todos os textos. Porque ele nos chama a atenção para certos aspectos que até mesmo o mais simples dos corações podem perceber a sua grandeza. E também em poucas palavras resume o suprassumo de toda bíblia.

1 – Aqui vemos que a origem e a iniciativa de toda salvação e toda a regeneração da humanidade se encontram em Deus. Às vezes alguns apresentam a mensagem cristã de tal maneira que soa como se Jesus tivesse feito algo que mudou a atitude de Deus para com os seres humanos, da condenação ao perdão. Mas na realidade foi Deus que em Jesus transformou o modo do ser a humano ver e relacionar-se com Ele. Ou seja, a dificuldade e a distância entre Deus e o ser humano foi imposta pelo próprio ser humano. E este texto nos diz que tudo começou em Deus. Foi Deus quem enviou a seu Filho, e o enviou porque amava os seres humanos e toda a sua criação. E aqui somos levados a entender que por trás de todas as coisas está o amor de Deus, gritando venham para vida.

2 – Diz-nos que a essência do ser de Deus é o amor. O povo da época via a Deus como um ser supremo em sua rigidez, viam a Deus como um regente que buscava a submissão dos seres humanos para satisfazer seu desejo de poder, e que mantinha o universo sob uma completa submissão. Mas isto era uma visão humana de Deus Pai, porque quando olhamos para Deus sem a obra da cruz fica fácil pensar que Deus olha os seres humanos em sua desobediência e rebeldia e diz: "Vou discipliná-los, castigá-los, deixá-los de lado, e vê-los na destruição. Ou os provarei ate que retornem submissos. Mas o que este texto nos mostra é que Deus em seu sempiternal amor, olha para humanidade e diz eles precisam de mim. O tremendo deste texto é que mostra Deus agindo, não para seu próprio benefício, e sim para o nosso. Deus não agiu para satisfazer seu desejo de poder. Ensina-nos que Ele não criou um universo para submissão, e sim para uma missão, a missão de expandir-se em amor. Ele o fez para refletir o seu amor. Sendo assim entendemos que Deus não é como um monarca absoluto que trata cada homem como um súdito ao que se deve reduzir a uma abjeta obediência. Deus é o Pai que não pode sentir-se feliz enquanto seus filhos extraviados não tenham voltado para casa. Deus não submete os homens pela força; e sim suspira apaixonadamente por eles porque sonha vê-los livres do lodo do egocentrismo, e habitantes de um novo mundo onde os pensamentos se cruzam e já não se têm nada para esconder. Porque Somente o amor impera ali.

3 – Mostra-nos a amplitude do amor, na época pensava-se num povo escolhido. Mas aqui ele mostra que o mundo pertence e retornará ao seu amoroso criador não pela força, mas sim pelo amor. A reveladora beleza está na frase: “Deus amou tanto o mundo.” Não se tratava de um país nem de uma gente boa; não amou ou ama somente aqueles que o amavam ou o ama, mas o mundo. Amou e ama os que não eram, e são amados e os não amáveis; amou e ama os solitários que não têm a ninguém que os ame; amou e ama aquele que o busca e o que jamais pensa nele; ama aquele que tem fé em seu amor e também aquele que zomba deste amor. Ou seja, é um amor inclusivo, um amor que não exclui a nada e a ninguém um amor livre de eitos, preceitos e preconceitos todos estão incluídos neste vasto amor inclusivo, o amor de Deus. Como disse Agostinho: “Deus ama cada um de nós como se não houvesse nenhum outro a quem amar”.

Este é o dever de cada Cristão enquanto discípulos de Cristo Jesus, amar e amar a tudo e a todos livres dos eitos, preceitos e preconceitos. Tendo sempre como arbitro de seus corações o amor de Deus. Porque a grande promessa de Cristo Jesus é a vida eterna que vai muito além de viver para sempre, é gloriosa honra de vivermos a vida de Deus numa imersão total em seu sempiternal e imensurável amor.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 19/05/2016
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