Ele seja transformado ou para serem transformada.
Quando o intelecto e vencido pelo amor e pela sabedoria de Deus.
Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro? Ou quem primeiro deu a ele para que lhe venha a ser restituído? Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém! (Rom 11:33-36). Está passagem para quem tem olhos de poeta é deveras linda, pois toda a teologia se transforma em poesia, e num navegar poético o Espirito Santo nos revela que no mundo e em todo universo nada é destruído, mas sim transformado pelo amor sempiternal de Deus.
O apóstolo cita vastíssima misericórdia divina do agir de Deus na redenção humana e deixa claro que tudo volta a Deus. Ou seja, tudo proveio dele e voltará a Ele. Deus é a causa primária, a causa material, de onde tudo o mais se deriva, dEle são todas as coisas. Deus é a causa formal, isto é, nele começa o plano e projeto inteiro do universo. Ele é a causa eficiente, ou seja, através dele todas as coisas foram produzidas e postas em ordem. E no final todas as coisas voltarão para
Ao ser humano foi dada mente e o raciocínio para que este pudesse ser livres dos instintos e desejos, mas como vemos Paulo discorrer neste capítulo o ser humano fez mal uso de seu intelecto. E deixou-se ir pelos seus instintos e foi vencido pela segunda natureza, onde a vingança fala mais alto; a avareza se torna um modo de vida; a luxúria desenfreada destrói a pureza do amor a dois; a ganância coloca o ter a frente do ser; e se faz difícil amar porque o ódio é filho dileto trasvestido de justiça.
E nestes versículos o apóstolo nos ensina que devemos direcionar a mente para uma transformação onde a adoração vem do coração não por medo, mas sim por amor. Amor que flui graciosamente e misteriosamente de Deus, como um rio de água, viva e o ser humano já não pode compreender, mas é um gracioso mistério em cujo coração se encontra com o amor. Se podemos dizer que todas as coisas provêm de Deus, que todas as coisas têm seu ser em Deus e que todas as coisas terminam em Deus, que mais podemos dizer? E aqui se apresenta um paradoxo na situação humana. Deus entregou ao homem uma mente, e é um dever do homem usar essa mente, para pensar até o limite do pensamento humano. Mas também é verdade que há certas circunstâncias nas quais a mente só pode alcançar um ponto, e, quando isto acontece, só resta a ser humano aceitar o seu amor, contemplar a sua ciência, alimentar-se de sua sabedoria e amá-lo e adorá-lo.
Neste capítulo Paulo lutou com um problema desanimador, com todos os recursos que lhe proporciona sua mente privilegiada. Talvez não tenha resolvido a contento do intelecto humano, como alguém poderia resolver categoricamente um problema geométrico; mas o fez com brilho do amor, usou tudo que tinha disponível, para que cada um que lesse se deixasse levar ao amor e ao poder de Deus. Muitas vezes na vida só resta dizer: "Meditei, orei, pedi e calculei, mas não consegui chegar na razão ou no porquê, porque não conheço toda a extensão caminho, e já não posso captar sua intenção, mas seguirei firme pois creio em seu amor com todo meu coração. E com brado de alegria diremos: Seja feita sua vontade! Meu Pai!"
(Molivars).