A alegria graciosa de ensinar a Boa nova de Cristo Jesus.

A mim, o menor de todos os santos, me foi dada esta graça de pregar aos gentios o evangelho das insondáveis riquezas de Cristo e manifestar qual seja a dispensação do mistério, desde os séculos, oculto em Deus, que criou todas as coisas, para que, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida, agora, dos principados e potestades nos lugares celestiais, (Efs 3:8-10). Aqui nesta passagem o apóstolo Paulo deixa uma lição que deveria ser seguida por todos nós. Ele considerava-se objeto de um duplo privilegio. Tinha-lhe sido dado o privilégio de descobrir o segredo de que a vontade divina era que todos os homens deveriam ser reunidos no segredo da graciosidade do amor de Cristo Jesus. E lhe tinha sido dado o privilégio de manifestar este segredo à Igreja e de ser o instrumento pelo qual a graça de Deus chegasse aos gentios. Mas Paulo não se orgulhava com a consciência deste privilégio; ao contrário, sentia-se levado a uma profunda responsabilidade movida pela humildade. Assim deveríamos agir diante do exercício dos dons que o Espírito Santo nos dá.

Pois se alguma vez desfrutarmos do privilégio de pregar ou ensinar a mensagem do amor de Deus ou de fazer algo na Igreja por Jesus Cristo, lembremos sempre que não somos o dono desta grande obra do amor, pois este amor não reside em nós mesmos, pois somos instrumentos com responsabilidade e propagar a mensagem do amor. E, é o amor de Cristo que transforma e regenera os corações. Agindo desta maneira entenderemos que aquele que serve a Cristo nunca pode pensar em constituir-se no centro dos olhares ou em glorificar-se: deve fazer com que os olhares se dirijam a Cristo. É trágico que nas Igrejas haja tantos ministros mais interessados na própria honra e prestígio que na honra e o prestígio de Jesus Cristo; se ocupam em aparecer esquecendo-se que, o que deve aparecer e aparecer é o amor que intrínseco no Evangelho de Jesus Cristo.

Paulo não tem como peso ser mensageiro do amor de Cristo, pois ele diz: A mim, o menor de todos os santos, me foi dada esta graça de pregar aos gentios o evangelho das insondáveis riquezas de Cristo, (Efs 3:8). A palavra usada para graça aqui no grego é: “χαρις charis”; Graça aquilo que dá alegria, deleite, prazer, doçura, charme, amabilidade. Ou seja, mesmo que em meio as dificuldade que ele passou, era com alegria que ele transmitia a boa nova a todos. Porque ele não regozijava-se em si mesmo, mas na alegria de ver o amor de Deus entrar no coração de cada uma que ouvia o evangelho quando ele o ensinava. E, é esta alegria que deve permear o coração de cada mestre, de cada ministro ou de cada pregador da boa nova de Cristo Jesus.

Ele também usa uma palavra expressiva pala exemplificar a sabedoria de Deus que nos foi revelada: “πολυποικιλος polupoikilos”; Aquilo que é marcado com uma grande variedade de cores. Ou seja, chama-a polupoikilos, quer dizer, multicolor. A ideia é que a graciosa sabedoria de Deus está à altura de qualquer situação que se apresente em nossas vidas. Sendo assim entendemos que mesmo em meio a névoa da incerteza, lá estará a graciosa sabedoria para nos orientar; que mesmo em meio a turbulência da insegurança que se apresentam nas vicissitudes, lá estará a graciosa sabedoria dando firmeza em nosso sentir; e mesmo em meio a tristeza de uma perda, la estará a graciosas sabedoria para nos acalentar e nos ensinar que nada se perde pois tudo se renova e que ainda se faça guerra em nossa volta a graciosa sabedoria nos trará paz e entendimento para vencer o mal com o bem. Porque a luz colorida da graciosa sabedoria permeia tanto a escuridão noturna como a claridade de um dia ensolarado.

Mas é bom que lembremos que está sabedoria advém do Espírito Santo e não de nós mesmos. Pensando assim entenderemos que, devemos sempre pedir para que o amor de Cristo Jesus seja o Senhor arbitro de nossos corações.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 09/05/2016
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