Justiça de Deus
“Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas” (Mateus 6:33).
O sentido da frase - “A Ordem Dos Fatores Não Altera o Produto” – pode até ser verdade na matemática, entretanto, na Palavra de Deus e, mais especificamente, no versículo acima, não encontra coerência. Nesse caso, o que veríamos, se invertêssemos a ordem das coisas, é o afloramento de outra citação popular – “Botar o Carro Na Frente Dos Bois” – que demonstra o esforço obcecado para a antecipação de etapas de maneira inoportuna e, portanto, inapropriada, comprometendo o andamento do processo como um todo e, possivelmente, o final deste. Minha abordagem, porém, será do tipo – “Atirei No Que Vi e Acertei No Que Não Vi”. Ou seja, esse não será o foco principal desta reflexão.
Bem, no meu coração não reside dúvida alguma de que Deus é soberano e, desde sempre, reina absoluto sobre todas as coisas. Embora a própria Palavra declare que o diabo é o príncipe deste mundo (João 16:11) e que este mundo jaz no maligno (1º João 5:19), Satanás não é soberano e, portanto, não dispõe de liberdade plena em suas ações. Deus é quem governa sobre tudo e sobre todos, indistintamente (Filipenses 2: 9-11). Em Cristo Jesus temos essa garantia (2º Coríntios 5:21).
No texto base (Mateus 6:33) encontramos um imperativo categórico de buscar o Reino de Deus em primeiro lugar, com absoluta prioridade, de maneira inegociável e sem opção de escolha. Esse reino é o ambiente em que Deus exerce domínio pleno sobre todo ser, sobre todas as coisas existentes nesse mundo, o qual vai além do presente e daquilo que os nossos olhos veem e que o nosso entendimento possa alcançar. Esse domínio é desde sempre e para sempre e está inserido num processo em que vai tomando a forma designada pelo próprio Criador, Supremo Senhor e Possuidor de todas as coisas, e adquirirá a sua forma final quando aquele grande dia chegar: O DIA DA VOLTA DO SENHOR JESUS CRISTO.
Ainda fazendo menção desse imperativo categórico da Palavra de Deus, assim como procedemos com referência ao Reino Celeste, devemos buscar a Justiça Divina com o mesmo empenho e determinação. Ambos devem ser nossos alvos diuturnos e de forma concomitante. Penso que a plenitude do Reino de Deus em nós depende diretamente da Justiça Divina em ação nos nossos corações.
No evangelho de Mateus 5:45, temos que Deus "faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos". Nisso, vemos o cuidado de Deus no sentido de que todas as pessoas – creiam elas em Cristo ou não – sejam abençoadas e, assim, participem da graça comum. Exemplos, nesse sentido, podem ser observados no âmbito intelectual em que, mesmo aqueles que se declaram ateus (como alguns cientistas e profissionais de outras áreas), tornam-se instrumentos de Deus em descobertas e invenções importantes para a melhora da qualidade de vida de muita gente. Embora não acreditem nem deem testemunho dessas coisas, tais obras só se materializam mediante iluminação do próprio Cristo, cuja Luz ilumina a todos os homens (João 1:9).
As pessoas até podem usufruir do Reino de Deus sem, necessariamente, estarem inseridas nele. Talvez frequentem os encontros e se envolvam na maioria das atividades. Quem sabe, aos olhos humanos, sejam reconhecidas como servos e servas dedicados e fiéis, exemplos a serem seguidos. Entretanto, se permanecerem somente nesse nível e não buscarem uma experiência pessoal com a JUSTIÇA DE DEUS, farão jus ao ditado popular que diz: “Nadou, Nadou e Morreu Na Praia”!!! Só Cristo, Aquele que, reconhecidamente, é A JUSTIÇA DE DEUS - mais ninguém é - pode nos inserir no Reino de Deus, e, se não O reconhecermos como Justiça nossa, perderemos o maior dos presentes – A SALVAÇÃO – e ficaremos fora daquilo que já está preparado para nós desde antes da fundação do mundo. Affffff...
Finalizando, busquemos o Reino de Deus, sim, mas não nos esqueçamos da Justiça dEle, que é o próprio Senhor Jesus Cristo, sobre O qual a carta aos Romanos (3:21-24) nos alerta:
“Mas agora se manifestou uma justiça que provém de Deus, independente da lei, da qual testemunham a Lei e os Profetas, JUSTIÇA DE DEUS mediante a fé em Jesus Cristo para todos os que creem. Não há distinção, pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente por sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus”.
CRISTO, JUSTIÇA DE DEUS, DEVE SER A NOSSA JUSTIÇA!!!
Eu estou dentro. E você???