Jesus venceu o mundo, para que nós o vencêssemos também.
A seguir, foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. E, depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome. (Mat 4:1). Está passagem vai até o versículo do Evangelho segundo Mateus. É comum ouvirmos as pessoas dizerem e observar o quão é difícil praticar o amor. Ou seja, obedecer o manda mandamento maior de Jesus Cristo. Mas nesta passagem podemos ver que Jesus nos manda fazer algo que Ele viveu e vivenciou de forma vívida e vivida. Já estudamos os aspectos teológicos desta passagem em outro estudo. Desta feita estudaremos o aspecto espiritual que Jesus nos ensina aqui.
Como narra a passagem Jesus estava sozinho, quando travou esta dura batalha. E só conhecemos a história graças ao fato de que Jesus deve tê-la contado a seus discípulos. E por isso devemos nos aproximar desta história com uma reverência particular e única, porque nela Jesus abre o seu coração desnuda a sua alma e nos apresenta a sua mais íntima espiritualidade. Aqui Jesus revela a nós as provas que precisou suportar e as fez na qualidade de ser humano. Sendo assim esta é a mais sagrada de todas as narrativas sobre Jesus, porque nela Jesus nos está dizendo de fora contundente que está em condições de ajudar a todos os que sejam tentados, porque ele mesmo precisou suportar a tentação mais atroz. Abre o véu que ocultava seus conflitos mais profundos para nos ajudar em nossos conflitos. Porque somente Ele sabe onde e como podemos falhar, cabendo a nós pedir ajudar a Ele e nos mantermos firmes em seus mandamentos.
Sabendo que as tentações virão vestidas nas mais variadas formas; como a dos desejos e das necessidades carnais, da ambição e da ganância e dos sentimentos mais variados possíveis. Jesus não foi somente tentado aqui nesta passagem; quando estudamos o Evangelho vemos que Ele foi tentando durante todo o seu ministério o tentador voltou a atacá-lo em Cesareia de Filipe: E Pedro, chamando-o à parte, começou a reprová-lo, dizendo: Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo algum te acontecerá. Mas Jesus, voltando-se, disse a Pedro: Arreda, Satanás! (Mat 16: 22,23A). E aqui Ele repete as mesmas palavras outrora ditas na tentação do deserto. No evangelho segundo Lucas; vemos Ele dizer: Vós sois os que tendes permanecido comigo nas minhas tentações. (Luc 22:28). E podemos ver quão grande foi a luta que Jesus travou até mesmo na Cruz: Os que iam passando, blasfemavam dele, meneando a cabeça e dizendo: Ah! Tu que destróis o santuário e, em três dias, o reedificas! Salva-te a ti mesmo, descendo da cruz! De igual modo, os principais sacerdotes com os escribas, escarnecendo, entre si diziam: Salvou os outros, a si mesmo não pode salvar-se; desça agora da cruz o Cristo, o rei de Israel, para que vejamos e creiamos. Também os que com ele foram crucificados o insultavam. (Mar 15:29-32). Ou seja, na batalha do amor Cristão não há trégua. Ou seja, na vida Cristã a vigilância interna deve ser uma constante de momento a momento de instante em instante devemos nos manter em oração e ligados ao Espírito Santo.
E nisto deve consistir a fé do Cristão: ser cristão não é isentar-se de ter problemas ou aflições, mas é saber que temos um Senhor que está sempre pronto a nos socorrer e nos fortalecer quando elas chegarem, sabermos disso porque Ele mesmo disse: Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo. (Joã 16:33). E Ele venceu o mundo como ser humano que foi. Para que entendêssemos que é possível sim amar o próximo, que é possível sim perdoar o próximo, que é possível sim servir em amor e verdade, e mais que é possível sim sair ilesos das tentações que o mundo nos apresentam. A saber nós ainda temos uma vantagem porque sempre podemos contar com o amor e a ajuda dEle em nossa caminhada para fazer um mundo melhor. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o arbitro de nossos corações.
(Molivars).