Amando e socorrendo o próximo adoramos a Deus.
Aqui neste versículo vemos Jesus citar as palavras que Deus diz ao seu povo através do profeta Oseias: Pois misericórdia quero, e não sacrifício, e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos. (Osé 6:6). Deixando claro o que Deus Pai realmente que de nós. Deus mais que o sacrifício ritual Ele quer que pratiquemos a misericórdia Ele quer que exercitemos a bondade, entre os ritos e o atender a necessidade de outrem Ele quer que primemos pela necessidade daqueles que nos pedem. Ou seja, Jesus afirma que o chamado da necessidade humana deve preceder a qualquer outra obrigação. As obrigações da adoração, do ritual, da liturgia, são importantes e têm seu lugar, mas antes de todas elas vem a obrigação imposta pela necessidade humana.
Ele disse: «Misericórdia quero, e não holocaustos». Jesus cita pela terceira vez essa ordem de Deus Pai, a primeira foi nas bem-aventuranças a segunda aparece em Mat. 9:13, onde Ele responde a repreensão que os fariseus fez contra Ele e seus discípulos, porque comiam com publicanos e pecadores. Jesus mostra que há certos princípios importantes na vida Cristã. Na passagem do capítulo nono, ele falou sobre o princípio do trabalho em benefício alheio, sem ignorar os doentes, os pecadores, os publicanos, etc., os quais, mais do que quaisquer outros, precisavam da obra de Cristo. Deus quer misericórdia, e, em resultado, um serviço real, que demonstre a realidade do amor de Deus aqui na terra. Neste texto Jesus mostra os princípios importantes da lei que se firma no servir em amor e verdade, embora existam outros princípios no viver Cristão, mas que jamais devem vir primeiro que o atender a necessidade de outrem.
Os fariseus agiam exatamente ao contrário do que Deus havia ensinado, criando leis severas, como a do sábado mesmo sem entender verdadeira utilidade do sábado. E agindo assim acusavam aos inocentes de cometerem pecados que só eram proibidos por suas tradições. Jesus ensina que a observância das cerimônias “como os holocaustos” não é tão importante quanto à observância dos preceitos morais da lei, quanto à prática da santidade verdadeira e a observância da verdadeira adoração a Deus. No Evangelho segundo Marcos vemos Ele dizer: E acrescentou: O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado; de sorte que o Filho do Homem é senhor também do sábado. (Mar 2:27,28). O ser humano se torna humano, com uma vida que beneficia à humanidade. Ou seja, quando primamos pelo bem-estar das pessoas e de todos seres deste planeta em que vivemos, este é o mais primoroso de todos os ministérios o praticar da misericórdia em favor de outrem. Pois não há dia mais santo do que aquele no qual podemos levar um alívio a vida de alguém, a exemplo do nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo.
Jesus nos demonstrou de forma vívida e vivida que não há ritual mais excelso que o serviço gracioso à necessidade humana. E entendemos isso porque quando estudamos o Novo Testamento vemos com exceção do dia da sinagoga de Nazaré, que não há nenhum testemunho de que Jesus tenha dirigido um serviço de culto ou de rituais durante sua vida na Terra, mas o que vemos em grande abundância são testemunhos de que deu de comer aos famintos, consolou os afligidos, cuidou dos doentes e foi a companhia vivificadora dos aflitos. Sendo assim entendemos que o servir a Deus jamais pode primar pela liturgia ou ritual, mas deve primar pelo serviço à necessidade humana pois Deus atenta ao coração compromissado com as dores, as tragédias, os problemas e as exigências da situação humana. Pois quando servimos ao próximo adoramos a Deus em sua mais bela forma que é o praticar do amor, pois Jesus nos ensinou isto quando disse: O Rei, respondendo, lhes dirá: Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes. (Mat 25:40). Cabe a cada um de nós uma autoanalise a fim de saber se realmente estamos adorando a Deus da maneira certa. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o arbitro de nossos corações.
(Molivars).